sábado, 6 de novembro de 2010

ONG mundial protesta contra abate de frangos feito pelo McDonald’s

Segundo a PETA, o formato atual de abate é "uma tortura desnecessária" aos animais, já que existem outros procedimentos menos dolorosos, sem custos abusivos

Desde a campanha da PETA “McCruelty”, em 2000, o McDonald's fez algumas melhorias de bem-estar animal, mas recusa eliminar outros procedimentos de abate.
São Paulo - A ONG mundial PETA (People for the Ethical Treatment os Animals), que luta pelos direitos dos animais, possui uma campanha contra a rede de fast food mais famosa do mundo, o McDonald's, que já se estende por praticamente dez anos. O intuito da organização é alcançar uma mudança na forma de abate realizada nos frangos que são comprados pela empresa alimentícia.
Segundo os manifestantes, o formato atual de abate é praticamente uma tortura desnecessária aos animais, já que existem outras maneiras menos dolorosas de fazer o procedimento, sem custos abusivos. Quase todas as pessoas do mundo conhecem o McDonald’s, porém muitas delas não sabem a crueldade que envolve uma porção de frango dos “arcos dourados”. É justamente isso que a PETA tenta mostrar ao público para que seja possível alcançar as mudanças sugeridas.
No matadouro do McDonald’s americano e canadense, as aves são despejadas de suas caixas de transporte e ficam penduradas de cabeça para baixo em ganchos de metal, que muitas vezes resulta em ossos quebrados, contusões extremas e hemorragias. Os trabalhadores têm a oportunidade de abusar contra a vida; os pássaros têm suas gargantas cortadas enquanto ainda estão conscientes.
Muitas aves são imersas em tanques de água escaldante enquanto vivas e são capazes de sentir dor.
Em 2000, após o lançamento da campanha da PETA “McCruelty” (McCrueldade), o McDonald's fez algumas melhorias básicas de bem-estar animal. Desde aquela época, a empresa tem se recusado a eliminar os piores abusos que sofrem as suas galinhas, incluindo os abusos durante o abate.
Essa crueldade poderia ser ilegal se cães ou gatos, ou mesmo porcos ou vacas fossem as vítimas. Existe um método menos cruel de abate, hoje, que eliminaria estes abusos, mas o McDonald's recusa-se a exigir mudança em seus fornecedores dos EUA e Canadá.
Um método menos cruel de abate chamado “abate com atmosfera controlada”, ou CAK, está sendo usado agora nos Estados Unidos e não custaria nada ao McDonald’s a não ser exigir de seus fornecedores que adotem este método do qual eliminaria os piores abusos sofridos atualmente pelas galinhas. De fato, um estudo realizado em 2005 sobre o CAK, concluiu que este método é muito melhor do que o abate atual.

Felizmente algumas empresas já estão tomando as medidas necessárias e mudando de método. O McDonald’s que pretende ser um líder de bem-estar animal não pode se abster, permitindo que as galinhas mortas pelos seus restaurantes sofram, tenham as asas quebradas e que sejam escaldadas até a morte nos tanques enquanto as outras empresas utilizam este outro tipo menos cruel de abate.

RETIRADO:
http://exame.abril.com.br/economia/meio-ambiente-e-energia/noticias/ong-mundial-protesta-contra-abate-de-frangos-feito-pelo-mcdonalds
Pessoal,

Achei interessante:

Meio Ambiente
Calcule a sua pegada ecológica e veja se o mundo aguenta mais gente como você
http://exame.abril.com.br/economia/meio-ambiente-e-energia/calculadora/


ACESSEM ESTE SÍTE E VJA A SUA PEGADA!
Pessoal, o texto abaixo descreve um pouco sobre o ATO DECLATÓRIO AMBIENTAL, e, foi postado com a finalidade de conhecer mais sobre como funcional este ATO DECLARATÓRIO a finalidade do Imposto Territorial Rural, é claro, que isso exposto é apenas para conhecermos e quem tiver curiosidade pesquisar para saber mais.


Obrigada pela atenção!

O meio ambiente e sua efetiva conservação

A situação do meio ambiente no globo nos desafia a preservar os recursos naturais e, ao mesmo tempo, possibilitar um desenvolvimento social justo, permitindo que as sociedades humanas atinjam uma melhor qualidade de vida em todos os aspectos. A necessidade de consolidar novos modelos de desenvolvimento sustentável no país exige a construção de alternativas de utilização dos recursos, orientada por uma racionalidade ambiental e uma ética da solidariedade.
Deve-se também reconhecer que vivemos numa sociedade na qual é fundamental partir de uma boa formação e de um sólido conhecimento dos complexos problemas e potencialidades ambientais. Nossa sociedade se conscientizado de que o modelo vigente de crescimento afeta nosso planeta muito mais do que o desejado. Tem-se observado que a destruição da natureza, base da vida, através da contaminação e degradação dos ecossistemas crescem em um ritmo acelerado , motivo pelo qual torna-se necessário reduzir o impacto ambiental para a obtenção de um desenvolvimento ecologicamente equilibrado a curto prazo para todo o planeta.
Como instrumento para preservação ambiental, o ser humano tem as leis que regem a forma de agir com o meio ambiente. Embora muitas vezes estas leis sejam desobedecidas, temos que utilizar os meios existentes a fim de manter os recursos e ambientes naturais remanescentes.
As leis que regem o comportamento de uma sociedade ou de um indivíduo nem sempre são consideradas justas. Inúmeras vezes nos vemos diante de afirmações populares como "tal lei serve para todos, mas não se aplica a alguns ".
A legislação brasileira avançou muito nos últimos anos. O Brasil expôs ao mundo a importância de se conservar os recursos bióticos e naturais presentes nas florestas para a manutenção da qualidade ambiental do planeta. No momento, o assunto em pauta é a criação de mecanismos fiscais que busquem equilibrar a delicada balança do consumo de recursos naturais que se encontra extremamente favorável para países desenvolvidos.
Diante deste quadro, nada mais justo que, além de termos uma legislação consistente, tenhamos também recursos financeiros e humanos para fazermos cumprir leis que irão beneficiar a qualidade ambiental não apenas de nosso território mas de todo planeta. Um dos instrumentos legais mais expressivos existentes no Brasil é o ATO DECLARATÓRIO AMBIENTAL, que é um instrumento de contribuição à preservação ambiental. Também pode se tornar uma aliada do proprietário de áreas, visto que esta lei permite que haja isenção tributária para aqueles que preservam e protejam as florestas em áreas de delicado equilíbrio, de extrema necessidade (áreas próximas a cursos de água, ao redor de nascentes, topo de morros, áreas declivosas, etc ) ou em outras situações que tenham importância da preservação .
Todos os proprietários que são obrigados a pagar o Imposto Territorial Rural são candidatos a realizarem registros de áreas através do Ato Declaratório Ambiental. O Ato se dá a partir do preenchimento de um formulário que possui as seguintes informações:
1. informação e apuração do ITR.
2. dados do imóvel
3. identificação do declarante proprietário
4. distribuição da área do imovél
5. áreas de utilização limitada
6. demais informações do formulário
As áreas de preservação permanente são destinadas a:
* atenuar a erosão das terras,
* fixar dunas,
* formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias,
* auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades militares,
* proteger sítios de excepcional beleza ou de valor cientifico ou histórico,
* para asilar exemplares da fauna ou flora ameaçados de extinção,
* manter o ambiente necessário à vida das populações silvícolas,
* assegurar condições de bem estar público.
As áreas são caracterizadas como :
* ao longo dos rios ou de qualquer curso de água, existem faixas obrigatórias, também ao redor de lagoas, lagos ou reservatórios de águas naturais ou artificiais
* nascentes e nos chamados olhos de água qualquer que seja sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 metros de largura.
* áreas no topo de morros, montes, montanhas e serras, alem de encostas com declividade superior a 45 graus equivalente a 100 % na linha de maior declive.
* áreas de restingas, fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues.
* nas bordas dos tabuleiros ou chapadas , a partir da linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 metros em projeção horizontal
* áreas em altitudes superiores a 1.800 metros, qualquer que seja a vegetação.
As áreas podem ser classificadas como :
• área de reserva legal
• área de reserva particular do patrimônio natural
• área de declarado interesse ecológico
• área com plano de manejo florestal
• áreas com reflorestamento de essências nativas e/ou exóticas
Por fim, cabe ressaltar que a preservação efetiva do ambiente natural só irá realmente acontecer com a aplicação prática de leis como o Ato Declaratório Ambiental. Para isso, a conscientização e a participação do proprietário rural é fundamental, a fim de se materializar ações que realmente irão garantir a manutenção dos ecossistemas e recursos naturais remanescentes. .
Fontes: Funiber – carta de apresentação – 10 de novembro de 2000.
Manual de Instruções para preenchimento do Ato Declaratório Ambiental
Ministério do Meio Ambiente - http://www.mma.gov.br/
IBAMA - http://www.ibama.gov.br/


Retirado: http://www.planetaorganico.com.br/meioamb1.htm

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Portal A A AMinistério lança site com dados de poluição em abril

Brasília - O Ministério do Meio Ambiente (MMA) deverá disponibilizar para a população, a partir de abril de 2011, o Registro de Emissão e Transferência de Poluente (RETP), sistema que divulgará dados sobre as substâncias poluidoras do ar, da água, do solo e o destino de resíduos sólidos gerados pela indústria.Além da quantidade de emissão de aproximadamente 200 substâncias - líquidos, gases e sólidos - considerados nocivos à saúde e ao meio ambiente, o portal vai divulgar a destinação desses resíduos. "Tem empresas que mandam esses produtos para um aterro, para a reciclagem, dependendo da natureza do objeto", disse a técnica da Gerência de Resíduos Perigosos da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA, Mirtes Boralli.
Segundo ela, só há a intenção de tornar público o nome das empresas depois de um ano. "Por enquanto, nós pretendemos fazer um mapa para que cada cidadão saiba a quantidade de poluentes que é emitida na sua cidade e no seu estado."
A técnica disse ainda que as empresas têm até o dia 31 de março para fornecer os dados solicitados pelo ministério. O RETP será elaborado com base no Cadastro Técnico Federal do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), atualizado anualmente e instituído pela Lei 14.940, de 2003.
O principal objetivo da proposta é elaborar um inventário nacional das substâncias, do qual poderão surgir pesquisas acadêmicas e políticas públicas para a área.
A química e técnica do ministério acredita que a própria indústria passará por transformações, por meio da adoção de medidas socioambientais, depois da divulgação das informações contidas no portal. "A gente espera que as empresas vejam um nível de produção baixo de poluentes das outras empresas e tentem diminuir a sua emissão cada vez mais. E elas também podem acabar vendo boas iniciativas de destinação desses resíduos e copiando", disse.
http://portalexame.abril.com.br/meio-ambiente-e-energia/noticias/ministerio-lanca-site-dados-poluicao-abril-594982.html

Seca atinge níveis críticos em rios do Amazonas

Manaus - O Rio Negro, que banha Manaus, estava na última sexta-feira apenas sete centímetros abaixo do registrado na mesma data em 1963, ano da maior seca da história. No dia 10 de setembro daquele ano, a cota do rio era de 20,33 metros ante 20,26 metros de sexta-feira. Os dados são do Serviço Geológico do Brasil (CPRM). Na seca de 1963, o Rio Negro atingiu em outubro, pico da estiagem, a marca de 13,64 metros.

|O Rio Solimões, que banha a maior parte dos municípios do interior, está em nível ainda mais crítico. No dia 9, atingiu 32 centímetros negativos, ou seja, abaixo do zero da régua - medição menor do que o pico recorde registrado em 2005. O ano registrou a maior vazante do Solimões já aferida pelo CPRM. Em 2005, no pico da estiagem, verificado na primeira quinzena de outubro, a régua marcou dois centímetros positivos.

Os problemas que já acometem o interior, como isolamento de comunidades e barcos impedidos de atracar nos portos, começam a dar sinais também na capital. Há leitos de igarapés secos bem no meio de Manaus, como o igarapé do Quarenta, que corta a capital.
O prefeito do município de Itamarati (a 980 quilômetros de Manaus), João Campelo, também vice-presidente da Associação Amazonense dos Municípios (AAM), afirmou que as plantações de vegetais e frutas de solo, como as de melancia e mandioca, estão destruídas. "Como se não bastassem os problemas de agora, ainda há o do futuro: como sobreviver."
Todos os municípios do Amazonas dependem de energia de termelétricas e já há cidades com estoque crítico de combustível. "As balsas que transportam combustível estão levando menos da metade para fugir do encalhe e pelo menos Itamarati, Tabatinga e Envira têm combustível para no máximo 15 dias", disse Campelo.
Seis cidades decretaram estado de emergência, todos na calha do Solimões e Juruá: Tabatinga, Benjamim Constant, Atalaia do Norte, Itamarati, Ipixuna e Guajará. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
http://portalexame.abril.com.br/meio-ambiente-e-energia/noticias/seca-atinge-niveis-criticos-rios-amazonas-595762.html

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Sobre a camada de ozônio

Entre 10 e 50 quilômetros da superfície da Terra, encontra-se a Camada de Ozônio, um cinturão de gases com alta concentração de Ozônio (O3). Ela funciona como uma proteção natural contra a radiação dos raios ultravioleta emitidos pelo sol. Sem esse filtro formado ao longo de milhares de anos, teria sido impossível o desenvolvimento das incontáveis e variadas formas de vida encontradas no planeta.

Apesar da sua relevância, a Camada de Ozônio começou a sofrer os efeitos da poluição crescente com a industrialização mundial. Seus principais inimigos são produtos químicos como Halon, Tetracloreto de Carbono (CTC), Hidrofluorcabono (HCFC), CFC(Clorofluorcarbono) e Brometo de Metila, substâncias que figuram entre as SDOs. Quando liberadas no meio ambiente, deslocam-se atmosfera acima, degradando a Camada de Ozônio.

Os CFCs foram largamente usados até o fim da década de 1980 e meados dos anos 1990 como propelentes na fabricação de aerossóis, como expansores de espumas, na fabricação de equipamentos de refrigeração e de plásticos. Esses poluentes também contribuem para o aquecimento global. Por tudo isso, o uso indiscriminado de SDOs colocou o mundo em alerta.
http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=130

Água doce e limpa: de "dádiva" à raridade*

Estudiosos prevêem que em breve a água será causa principal de conflitos entre nações. Há sinais dessa tensão em áreas do planeta como Oriente Médio e África. Mas também os brasileiros, que sempre se consideraram dotados de fontes inesgotáveis, vêem algumas de suas cidades sofrerem falta de água. A distribuição desigual é causa maior de problemas. Entre os países, o Brasil é privilegiado com 12% da água doce superficial no mundo.

Outro foco de dificuldades é a distância entre fontes e centros consumidores. É o caso da Califórnia (EUA), que depende para abastecimento até de neve derretida no distante Colorado. E também é o caso da cidade de São Paulo, que, embora nascida na confluência de vários rios, viu a poluição tornar imprestáveis para consumo as fontes próximas e tem de captar água de bacias distantes, alterando cursos de rios e a distribuição natural da água na região. Na última década, a quantidade de água distribuída aos brasileiros cresceu 30%, mas quase dobrou a proporção de água sem tratamento (de 3,9% para 7,2%) e o desperdício ainda assusta: 45% de toda a água ofertada pelos sistemas públicos.

Disponibilidade e distribuição

Embora o Brasil seja o primeiro país em disponibilidade hídrica em rios do mundo, a poluição e o uso inadequado comprometem esse recurso em várias regiões do País.

O Brasil concentra em torno de 12% da água doce do mundo disponível em rios e abriga o maior rio em extensão e volume do Planeta, o Amazonas. Além disso, mais de 90% do território brasileiro recebe chuvas abundantes durante o ano e as condições climáticas e geológicas propiciam a formação de uma extensa e densa rede de rios, com exceção do Semi-Árido, onde os rios são pobres e temporários. Essa água, no entanto, é distribuída de forma irregular, apesar da abundância em termos gerais. A Amazônia, onde estão as mais baixas concentrações populacionais, possui 78% da água superficial. Enquanto isso, no Sudeste, essa relação se inverte: a maior concentração populacional do País tem disponível 6% do total da água.

Mesmo na área de incidência do Semi-Árido (10% do território brasileiro; quase metade dos estados do Nordeste), não existe uma região homogênea. Há diversos pontos onde a água é permanente, indicando que existem opções para solucionar problemas socioambientais atribuídos à seca.

Qualidade comprometida

A água limpa está cada vez mais rara na Zona Costeira e a água de beber cada vez mais cara. Essa situação resulta da forma como a água disponível vem sendo usada: com desperdício - que chega entre 50% e 70% nas cidades -, e sem muitos cuidados com a qualidade. Assim, parte da água no Brasil já perdeu a característica de recurso natural renovável (principalmente nas áreas densamente povoadas), em razão de processos de urbanização, industrialização e produção agrícola, que são incentivados, mas pouco estruturados em termos de preservação ambiental e da água.

Nas cidades, os problemas de abastecimento estão diretamente relacionados ao crescimento da demanda, ao desperdício e à urbanização descontrolada – que atinge regiões de mananciais. Na zona rural, os recursos hídricos também são explorados de forma irregular, além de parte da vegetação protetora da bacia (mata ciliar) ser destruída para a realização de atividades como agricultura e pecuária. Não raramente, os agrotóxicos e dejetos utilizados nessas atividades também acabam por poluir a água. A baixa eficiência das empresas de abastecimento se associa ao quadro de poluição: as perdas na rede de distribuição por roubos e vazamentos atingem entre 40% e 60%, além de 64% das empresas não coletarem o esgoto gerado. O saneamento básico não é implementado de forma adequada, já que 90% dos esgotos domésticos e 70% dos afluentes industriais são jogados sem tratamento nos rios, açudes e águas litorâneas, o que tem gerado um nível de degradação nunca imaginado.

Alternativas

A água disponível no território brasileiro é suficiente para as necessidades do País, apesar da degradação. Seria necessário, então, mais consciência por parte da população no uso da água e, por parte do governo, um maior cuidado com a questão do saneamento e abastecimento. Por exemplo, 90% das atividades modernas poderiam ser realizadas com água de reuso. Além de diminuir a pressão sobre a demanda, o custo dessa água é pelo menos 50% menor do que o preço da água fornecida pelas companhias de saneamento, porque não precisa passar por tratamento. Apesar de não ser própria para consumo humano, poderia ser usada, entre outras atividades, nas indústrias, na lavagem de áreas públicas e nas descargas sanitárias de condomínios. Além disso, as novas construções – casas, prédios, complexos industriais – poderiam incorporar sistemas de aproveitamento da água da chuva, para os usos gerais que não o consumo humano.

Após a Rio-92, especialistas observaram que as diretrizes e propostas para a preservação da água não avançaram muito e redigiram a Carta das águas doces no Brasil. Entre os tópicos abordados, ressaltam a importância de reverter o quadro de poluição, planejar o uso de forma sustentável com base na Agenda 21 e investir na capacitação técnica em recursos hídricos, saneamento e meio ambiente, além de viabilizar tecnologias apropriadas para as particularidades de cada região.
http://www.socioambiental.org/esp/agua/pgn/

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Algumas Informações sobre Disposição de Pilhas e Baterias

Algumas Informações sobre Disposição de Pilhas e Baterias
O Brasil produz cerca de 800 milhões de pilhas comuns por ano, o que representa seis unidades descartadas por habitante.
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As indústrias mais antigas, que continuam contribuindo com a maior parcela da carga poluidora gerada e elevado risco de acidentes ambientais sendo, portanto, necessário altos investimentos de controle ambiental e custos de despoluição para controlar a emissão de poluentes, do lançamento de efluentes e do depósito irregular. As indústrias tradicionalmente responsáveis pela maior produção de resíduos perigosos são as metalúrgicas, as indústrias de equipamentos eletro-eletrônicos, as fundições, a indústria química e a indústria de couro e borracha. O lançamento dos resíduos industriais perigosos em lixões, nas margens das estradas ou em terrenos baldios o que compromete a qualidade ambiental e de vida da população.

O Brasil produz cerca de 800 milhões de pilhas comuns por ano, o que representa seis unidades por habitante. Energia que circula no Brasil:

•10 milhões de baterias de celular.
•12 mihões de baterias automotivas.
•200 mil baterias industriais.

Dependendo do material pilhas e baterias podem ou não serem jogadas em lixo doméstico. Há 3 tipos de baterias: as que têm chumbo-ácido, níquel-cádmio e óxido de mércurio, são estas que devem ser recolhidas pelas lojas que as comercializam. As de chumbo-ácido são usadas em processos industriais (são grandes baterias) e nos automóveis (ventiladas). Há ainda modelos de câmeras filmadoras que utilizam bateria selada com esse componente, além de aparelhos elétricos, de telefonia, geradores e luzes de emergência. As que contém níquel-cádmio também são usadas em processos industriais e foram empregadas nos primeiros modelos de telefone celular. Hoje são ultrapassadas, mas telefones sem fio ainda as utilizam.





As pilhas secas: zinco-manganês e alcalina-manganês, as mais consumidas para uso doméstico, seus fabricantes: Duracell, Eveready, Kodak, Microlite (Rayovac), Panasonic e Philips, têm operado nos limites estabelecidos pelo artigo 6º da Resolução 257. Podem ir ao lixo doméstico, além desses tipos de pilhas, estão as baterias de níquel-metal-hidreto, de lítio tipo botão e miniatura, lítio-íon e zinco-ar. "O próprio avanço da tecnologia, de conseguir baixar os índices de mércurio, desestimulou iniciativas consistentes de reciclagem de pilhas", como afirma José Arnaldo Gomes, da Dirtoria de Controle Ambiental da CETESB. No Brasil uma empresa chamada SUZAQUIM anuncia que detém um processo para reciclagem de baterias de Ni-Cd. Na Escola Politécnica desenvolve-se estudos há mais de 3 anos sobre reciclagem de pilhas e baterias.


No Brasil, a cada ano são desperdiçados R$ 4,6 bilhões porque não se recicla tudo o que poderia. A cidade de São Paulo produz mais de 12.000 toneladas de lixo por dia, com este lixo, em uma semana dá para encher um estádio para 80.000 pessoas. Deve-se lembrar que uma só a pilha contamina o solo durante 50 anos. As pilhas incorporam metais pesados tóxicos.

Segue abaixo algumas perguntas feitas à Panasonic:

1. A Panasonic está respeitando a Resolução do CONAMA 257, sobre pilhas e baterias?

R.:A PANASONIC está atendendo ao disposto na Resolução CONAMA, art. 6º. Mais ainda, não está mais produzindo pilhas contendo cádmio e mercúrio e a quantidade de chumbo está bem abaixo dos índices previstos no referido artigo.


2. Por que a Panasonic possui pontos de coleta de pilhas se está de acordo com a resolução?

R.: A Panasonic possui pontos de coleta para as baterias que necessitam serem devolvidas, ou seja, baterias de telefone sem fio, de filmadoras, ou outro tipo qualquer (normalmente as baterias recarregáveis), que possuem esta recomendação na embalagem.


3. Os postos de coleta Panasonic recolhem apenas pilhas de sua marca?

R.: A Panasonic é obrigada a recolher apenas as baterias de sua marca.


4. De acordo com esta resolução as empresas após um ano a partir da vigência desta mesma resolução do CONAMA, deve constar de forma visível as advertências sobre os riscos à saúde humana e ao meio ambiente, assim como serem devolvidos aos revendedores para que repassem aos fabricantes em matérias publicitárias ou embalagens, mas isso não está sendo feito. O órgão SISNAMA está realmente fiscalizando o cumprimento desta resolução?

R.:Com relação à colocação na embalagem de advertências sobre os riscos à saúde humana e ao meio ambiente, esta advertência deve ser colocada naquele produto que possui esse risco, não é o caso das pilhas que não são coletadas por estarem de acordo com o previsto no artigo 6º da Resolução. Com relação à fiscalização, o IBAMA tomou para si esta incumbência e os fabricantes são obrigados a informar ao IBAMA sobre o andamento do cumprimento da Resolução.

Luana M. Abreu
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/residuos/artigos/algumas_informacoes_sobre_disposicao_de_pilhas_e_baterias.html

Senado aprova Política Nacional dos Resíduos Sólidos

Senado aprova Política Nacional dos Resíduos Sólidos -
9 de Julho de 2010, por Luis Henrique Silveira -
Tags deste artigo: senado eletrônico sólido lixo Visualizado 2106 vezes
Voltar a Legislativo
Depois de tramitar na câmara por mais de duas décadas, o projeto que prevê que as empresas recolham embalagens usadas segue agora para sanção do Presidente da República.

Foi aprovado pelo plenário do Senado, nesta quarta-feira (7/7), o projeto de lei (PLS 354/89), que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Basicamente, a nova lei regula a reciclagem e disciplina o manejo dos resíduos. O projeto segue agora para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a Agência Senado, o principal alvo do projeto é “um dos mais sérios problemas do país, que é a ausência de regras para tratamento das 150 mil toneladas de lixo produzidas diariamente nas cidades brasileiras”.


De acordo com dados que embasaram o projeto, do lixo produzido no Brasil, 59% vão para os "lixões". Apenas 13% do lixo têm destinação correta, em aterros sanitários. Dos 5.564 municípios brasileiros, apenas 405 tinham serviço de coleta seletiva em 2008.

O projeto de lei foi apresentado na Câmara dos Deputados em 1989 e só começou a ser analisado em 1991. Só neste ano, foi aprovado e enviado ao Senado, onde passou pelas comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), Assuntos Econômicos (CAE), Assuntos Sociais (CAS) e Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), antes da aprovação em plenário.

“Estamos vivendo um momento histórico. Este projeto mostra a importância do meio ambiente e procura resolver o maior problema ambiental do país hoje que é esta questão dos resíduos sólidos”, disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que acompanhou a votação.

Para o senador César Borges (PR-BA), relator do projeto no Senado, o objetivo da proposta é reduzir a geração de resíduos, incentivar a reciclagem e determinar o que fazer com o lixo remanescente.

“Hoje você tem legislações diversas nos estados e nos municípios. Agora, teremos diretrizes gerais para disciplinar o manejo”, afirmou.

André Vilhena, diretor executivo do Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), declarou que a proposta é um ganho para o país, pois, está de acordo com os anseios da população brasileira.

O executivo se mostrou otimista em relação à implementação da lei. “Boa parte das medidas já se verificam no Brasil. Existem, por exemplo, empresas proativas que já fazem a logística reversa. A tendência agora é vermos uma massificação dessa tendência”.


O que muda com a nova lei
Em geral, o projeto estabelece a “responsabilidade compartilhada” entre governo, indústria, comércio e consumidor final no gerenciamento e na gestão dos resíduos sólidos.

As normas e sanções previstas em caso do descumprimento da lei aplicam-se às pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, responsáveis, direta ou indiretamente, pela geração de resíduos.


Consumidores
- Pela lógica da “responsabilidade compartilhada”, os consumidores finais estão também responsabilizados e terão de acondicionar de forma adequada seu lixo para a coleta, inclusive fazendo a separação onde houver coleta seletiva;

- Os consumidores são proibidos de descartar resíduos sólidos em praias, no mar, em rios e em lagos.


Poder público
- Depois de sancionada a lei pelo Presidente da República, os municípios terão um prazo de quatro anos para fazer um plano de manejo dos resíduos sólidos em conformidade com as novas diretrizes;

- Todas as entidades estão proibidas de manter ou criar lixões. As prefeituras deverão construir aterros sanitários adequados ambientalmente, onde só poderão ser depositados os resíduos sem qualquer possibilidade de reaproveitamento ou compostagem;

- A União, os Estados e os municípios são obrigados a elaborar planos para tratar de resíduos sólidos, estabelecendo metas e programas de reciclagem;

- Os municípios só receberão dinheiro do governo federal para projetos de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos depois de aprovarem planos de gestão;

- Os consórcios intermunicipais para a área de lixo terão prioridade no financiamento federal;

- O texto trata também da possibilidade de incineração de lixo para evitar o acúmulo de resíduos.


Indústria e comércio
A nova lei cria a “logística reversa”, que obriga fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores a criar mecanismos para recolher as embalagens após o uso. A medida valeria para o setor de agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, eletroeletrônicos e para todos os tipos de lâmpadas.

- Depois de usados pelo consumidor final, os itens acima mencionados, além dos produtos eletroeletrônicos e seus componentes, deverão retornar para as empresas, que darão a destinação ambiental adequada.

Cooperativas e associações de catadores e de reciclagem

- O projeto prevê que o poder público incentive as atividades de cooperativas e associações de catadores de resíduos recicláveis e entidades de reciclagem, por meio de linhas de financiamento;

- As embalagens de produtos fabricados em território nacional deverão ser confeccionadas a partir de materiais que propiciem sua reutilização ou reciclagem para viabilizar ainda mais os profissionais de coleta seletiva e reciclagem;


Proibições gerais e sanções
A lei proíbe:

- Importação de resíduos sólidos perigosos e rejeitos;

- Lançamento de resíduos sólidos em praias, no mar, em rios e lagos;

- Lançamento de resíduos in natura a céu aberto;

- A queima de lixo a céu aberto ou em instalações e equipamentos não licenciados para essa finalidade.

O infrator que desrespeitar a lei cometerá crime federal, que prevê pena máxima de cinco anos de reclusão e multa, de acordo com as sanções previstas para crimes ambientais relacionados à poluição. A pena, no entanto, não se aplica no caso do lixo doméstico.
SOBRE OS RESÍDUOS



Menos de 5% do lixo urbano é reciclado.

O lixo causa enchentes, entope bueiros e diminui a vazão de água. É um dos maiores problemas da sociedade moderna. Calcula-se que 30 % do lixo brasileiro fique espalhado pelas ruas nas grandes cidades.

Para a fabricação de uma tonelada de papel são consumidas 17 árvores. Com 40 quilos de papel velho se evita o corte de uma árvore.



O LIXO

É todo resíduo sólido proveniente de atividades humanas ou mesmo de processos naturais (poeira, folhas e ramos mortos, cadáveres de animais). O lixo urbano é um dos maiores problemas ambientais da atualidade, pois os moldes de consumo adotados pela maioria das sociedades modernas provocam o aumento contínuo e exagerado na quantidade de lixo produzido.



O lixo indevidamente administrado provoca mau cheiro, fornece a proliferação de animais nocivos e transmissores de doenças (ratos, formigas, moscas e mosquitos), polui, pelo chorume, o solo e o lençol d´água subterrâneo e também o ar, uma vez que é prática comum a queima do lixo em ruas, lotes baldios e lixões.

O QUE É COMPOSTAGEM


Processo biológico de decomposição da matéria orgânica contida em restos de origem animal ou vegetal. Este processo tem como resultado final um produto - o composto orgânico - que pode ser aplicado ao solo para melhorar suas características, sem ocasionar riscos ao meio ambiente. Há muito tempo é praticada no meio rural, utilizando-se de restos de vegetais e esterco animal.

O ATERRO SANITÁRIO
São Locais onde o lixo é confinado sem causar maiores danos ao meio ambiente. É um método em que o lixo é comprimido por intermédio de máquinas que diminuem o volume. Com o trabalho do trator, o lixo é empurrado, espalhado e amassado sobre o solo (compactação), sendo posteriormente coberto por uma camada de areia, o que minimiza odores, evita incêndios e impede a proliferação de insetos roedores.
CHORUME


Líquido malcheiroso e escuro produzido a partir da composição da matéria orgânica contida no lixo. É ácido e apresenta alto potencial contaminante, podendo poluir o solo e os lençóis de água subterrâneos, principalmente em locais de deposição não controlada de lixo, onde a grande quantidade desse líquido se infiltra facilmente no solo
O LIXÃO

São locais onde o lixo é depositado, em grande quantidade, sobre a superfície do solo e a céu aberto, sem qualquer controle sobre os efeitos danosos ao ambiente e a população causados por ele
http://www.ca.ufsc.br/qmc/aulas1anos/lixo/lixo.htm

quinta-feira, 22 de julho de 2010

O Projeto de Lei permite a caça para conter superpopulação de animais, danos ao meio ambiente, ataques a seres humanos, transmissão de doenças

Projeto transfere para os municípios o poder de regulamentar a caça de animais

Onyx Lorenzoni apontou efeitos da reprodução descontrolada de animais. Tramita na Câmara o Projeto de Lei 7136/10, do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que transfere da União para os municípios o poder de regulamentar as permissões de caça amadora de animais silvestres. Isso acontecerá quando houver peculiaridades regionais como superpopulação de animais, danos ao meio ambiente, ataques a seres humanos, transmissão de doenças e ataques a lavouras comerciais e de subsistência. A proposta muda a Lei da Fauna (5.197/67).
Segundo o deputado, os cidadãos de todo o País estão expostos à ação desses animais, que são atraídos por armazéns, silos, lavouras e pequenas culturas. "Há um número cada vez maior de animais que se reproduzem de maneira descontrolada", disse Onyx Lorenzoni.
Tramitação
O projeto será analisado, em caráter conclusivo Rito de tramitação pelo qual o projeto não precisa ser votado pelo Plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo. O projeto perderá esse caráter em duas situações: - se houver parecer divergente entre as comissões (rejeição por uma, aprovação por outra); - se, depois de aprovado pelas comissões, houver recurso contra esse rito assinado por 51 deputados (10% do total). Nos dois casos, o projeto precisará ser votado pelo Plenário., pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta: PL-7136/2010

Autor: Agência Câmara

RETIRADO EM: http://www.jusbrasil.com.br/noticias/2191589/projeto-pune-empresa-que-nao-notificar-doenca-ligada-ao-trabalho

O QUE É ECOLOGIA?

Ecologia


Todos os seres vivos dependem uns dos outros e também do ambiente em que vivem. Ninguém, portanto, pode considerar-se fisiologicamente livre, citando o homem como exemplo, sabemos que ele necessita de uma infinidade de meios para manter-se vivo. Os vegetais constituem a base da subsistência, deles, o homem se alimenta diretamente ou através dos animais, que, por sua vez, também dependem dos vegetais. Vemos, portanto, que há uma Interdependência entre os seres vivos e o ambiente, a ciência que estuda esse relacionamento é a Ecologia.

A palavra Ecologia, foi criada em 1.866, pelo naturalista alemão Ernst Heinrich Haeckel.

Vocábulo de origem grega – oikos, significa habitação e logia, estudo, é a denominação da ciência que estuda o convívio dos seres vivos entre si e com o meio. Nos últimos anos, a palavra Ecologia popularizou-se rapidamente diante da preocupação dos especialistas para com a destruição do meio ambiente, os diversos fatores de um progresso desordenado estão destruindo a Natureza, causando modificações altamente prejudiciais a vida dos seres vivos, entre os quais, logicamente, o homem está incluído. Muitos consideram a Ecologia como a ciência mais importante dos nossos dias, e tudo leva a crer que assim seja, pois o homem não tem condições de viver fora de seu ambiente.

A partir de agora você ira conhecer muita coisa sobre ecologia, e saberá de que forma todos esses itens podem influenciar na Natureza, e conseqüentemente em nossas Vidas.

RETIRADO: http://www.ibema.org.br/ecologia.html

segunda-feira, 19 de julho de 2010

IMPORTANTE!!!

Olá pessoal!!!
Nesse blog temos um único intuíto, ter conhecimento, informações e interagir com pessoas com mesmo interesse. E até, mostrar para as outras pessoas que com criatividade podemos fazer muito para o meio ambiente. E, por esse motivo, postei uma artigo comentando que como um copo de água de coco verde de 250 ml está gerando mais de 1 quilo de resíduo. Eu não sabia disso até ver uma comentário de Philipe, e pesquisei e gostei, acredito que vocês também vão achar interessante!
Obrigada!

O lixo que preserva a natureza

Tecnologia garante o aproveitamento da casca em artefatos distribuídos no País e no Exterior

Elizabeth Oliveira ---17.01.2005 | 07:59

Poucas pessoas se dão conta de que, ao beber um copo de água de coco verde de 250 ml está gerando mais de 1 quilo de resíduo. No Verão, quando aumenta o consumo, as cascas do fruto podem representar 80% do lixo coletado nas grandes cidades. No Rio, embora a Comlurb não tenha dados precisos, as estimativas indicam que são consumidos, em média, 450 mil cocos diariamente, o que resulta em em 630 toneladas de cascas que vão parar no Aterro Sanitário de Gramacho, cujo tempo de vida útil está quase esgotado, mas seu aproveitamento pode servir à preservação da natureza, com a substituição do xaxim.

Em Fortaleza os resíduos das praias somam 40 toneladas por dia. Nas duas capitais à beira-mar foram desenvolvidos projetos e tecnologias inovadoras que garantem o reaproveitamento da fibra solucionando esse problema que já é considerado um desafio ambiental nas áreas litorâneas.

O Projeto Coco Verde RJ, que ainda é considerado um laboratório pelo gerente de Projetos e Negócios, Philippe Mayer, desenvolveu uma tecnologia que garante o aproveitamento da fibra da casca de coco verde, gerando 60 empregos para pessoas cuja mão-de-obra não tem qualificação. Os empregados recebem treinamento no local para fabricar vasos, painéis e outros artefatos que abastecem o mercado interno e são exportados para a Argentina, Coréia do Sul, Espanha e Portugal.

Mayer não divulga os dados referente à produção, mas garante que poderia estar gerando muito mais produtos e empregos e contribuindo para evitar o acúmulo de resíduos no aterro sanitário, se tivesse acesso a esse tipo de matéria-prima produzida no Rio. Ele contou que, como isso ainda não ocorre, vai buscar a fibra no Nordeste, o que encarece os custos e inviabiliza a contratação de mais pessoal.

- Nosso projeto está se firmando no mercado e eu tenho esperanças de que futuramente surgirá algum tipo de parceria que permita o aproveitamento da matéria-prima local - reforça Mayer. Ele acrescentou que se dispõe a fazer transferência de tecnologia para cooperativas de reciclagem interessadas em produzir a fibra que dá origem a diversos artefatos.

Além de vasos, painéis e outros itens usados pelos segmentos de decoração, jardinagem e floricultura, a empresa do Rio está entrando também no mercado de construção, com a fabricação de placas acústicas em fibra de coco verde. Segundo Mayer existe um grande potencial de crescimento para esse tipo de produto, já que principalmente no exterior os modelos fabricados em lã de rocha ou de vidro, em plástico e outros derivados do petróleo estão sendo rejeitados. Os compradores, acrescenta, estão de olho em matérias-primas sustentáveis.

Segundo a Comlurb os grandes geradores, com produção de mais de 120 litros diários de resíduos - equivalentes a um conteiner plástico de 240 litros a cada dois dias - são obrigados por lei a coletá-los e dar-lhes destinação adequada. Esses serviços são prestados por empresas privadas e, segundo dados do Projeto Coco Verde RJ, no caso das cascas de coco os custos por tonelada giram em torno de R$ 135.

Em Fortaleza, a preocupação com a solução ambiental para as cascas de coco verde, aliada ao desenvolvimento socioeconômico de comunidades carentes, levou a Embrapa a criar um processo tecnológico para a produção de fibra e pó do resíduo. Em uma usina que está em fase final de construção, com entrada em operação prevista para março próximo, serão produzidos mensalmente com as cascas beneficiadas 10.500 vasos, 46 metros cúbicos de composto orgânico, além de 440 metros cúbicos de substrato agrícola e 2.500 artefatos artesanais.

A engenheira química e pesquisadora da Embrapa de Fortaleza Morsyleide Freitas informou que o projeto é resultado de seis anos de estudos. O desenvolvimento dessa iniciativa vai gerar 150 empregos na coleta seletiva das cascas de coco nas praias e outros 20 na operação da usina.

- Nosso objetivo é que esse modelo de desenvolvimento sustentável seja incorporado por outras cidades brasileiras que queiram resolver os problemas causados pelo acúmulo desse tipo de resíduo e ao mesmo tempo gerar melhoria da qualidade de vida nas comunidades carentes do litoral - explica a pesquisadora.

Morsyleide afirmou que o projeto desenvolvido pela Embrapa de Fortaleza recebeu do Banco Mundial US$ 254 mil para a construção da usina e aquisição de veículos e equipamentos. A Prefeitura de Fortaleza doou o terreno e a expectativa dos especialistas envolvidos é de criar no entorno do empreendimento uma horta comunitária onde será aplicado o composto orgânico do coco verde.

Além do Banco Mundial e da Embrapa de Fortaleza integram a parceria a Associação dos Barraqueiros da Beira-Mar, Sebrae-CE, as Secretarias de Trabalho e Empreendedorismo e de Meio Ambiente, a Prefeitura de Fortaleza e a Faculdade Christus,

O projeto, segundo a pesquisadora, foi inscrito em 2003 quando o Banco Mundial publicou edital para financiamento de projetos de países em desenvolvimento que tivessem foco na biodiversidade e melhoria da qualidade de vida das comunidades carentes.

Atendendo a esse edital foram inscritos 2.726 projetos de várias partes do mundo, dos quais 47 foram selecionados. Três deles são do Brasil, incluindo a proposta de Fortaleza.

- Também enfatizamos nesse projeto a possibilidade de criar alternativas para que 12.600 plantas de samambaiaçu sejam conservadas por ano - explica a pesquisadora. Essa espécie, nativa da Mata Atlântica e da qual é fabricado o xaxim, está em extinção devido à exploração predatória no Brasil. O Projeto Coco Verde RJ, segundo Philippe Mayer, realiza também um trabalho de conscientização para evitar a retirada dessa planta dos ambientes naturais, produzindo artefatos para cultivo de orquídeas e outras plantas que substituem o xaxim.

Retirado: http://asn.interjornal.com.br/noticia.kmf?canal=36&cod=2730052&indice=70

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Estados e municípios têm 2 anos para implantar políticas de resíduos

Estados e municípios têm 2 anos para implantar políticas de resíduos
por Fernanda Dalla Costa — última modificação Jul 14, 2010 12:08 AM
Política Nacional de Resíduos Sólidos, Reciclagem


Os estados e municípios brasileiros têm um prazo de 2 anos para implantar suas políticas de gestão de resíduos, sem o que ficarão fora da fatia de recursos da União destinados aos projetos, empreendimentos e serviços relacionados à gestão de lixo. Isso é o que determina a lei que cria a Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada no Senado na semana passada e que agora aguarda a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


>Câmara aprova política de resíduos sólidos após 19 anos (Fin
>Plenário do Senado ratifica política de resíduos que favorece
Ao ser aprovada, a lei manda que a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios instituam normas específicas para conceder incentivos fiscais ou financeiros para indústrias e entidades dedicadas à reciclagem, à responsabilidade pelo ciclo de vida dos produtos e às empresas dedicadas à limpeza urbana.

Leia na íntegra o texto final do projeto de lei que cria a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

O projeto de lei prevê que, na concessão de incentivos financeiros destinados à ações relacionadas ao gerenciamento de resíduos, as entidades de crédito sigam critérios diferenciados.

Com as novas normas, os planos deverão ser elaborados observando um prazo de 20 anos e que sejam revisados a cada quatro anos. O texto também diz que a regulamentação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos seja realizada com participação da sociedade, por meio de audiências e consultas públicas.

A prevenção e redução da geração de resíduos sólidos no processo produtivo, o desenvolvimento de produtos com menores impactos à saúde humana e à qualidade ambiental em seu ciclo de vida, a implantação de infraestrutura física e aquisição de equipamentos para cooperativas e a estruturação de sistemas de coleta seletiva e de logística reversa poderão ter linhas de financiamento, instituídas pelo poder público.

A situação atual dos resíduos sólidos, as tendências internacionais e macroeconômicas, as metas de redução, reutilização e reciclagem, bem como de aproveitamento energético dos gases gerados nas unidades de disposição final e as metas para a eliminação e recuperação de lixões devem estar contemplados nos planos nacional, estaduais e municipais de gerenciamento de resíduos.

QUEIMA ENERGÉTICA DE RESÍDUOS
O texto da Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelece prazos para o início da obtenção de energia a partir da queima de resíduos e para a elaboração de planos federal, estaduais e municipais de gerenciamento de resíduos, que podem ser instrumentos determinantes para que as entidades federativas consigam financiamentos para a gestão de resíduos.

De acordo com o documento, a incineração dos resíduos sólidos para a geração de energia deverá ser implantada em até quatro anos após publicação da lei, período curto se levarmos em conta a necessidade de construção de toda a infra-estrutura necessária para o início das atividades e o fortalecimento das iniciativas de coleta seletiva e de reciclagem, já que os materiais deverão passar por uma triagem e apenas o material final ser incinerado.
Lei que proíbe sacolas plásticas no RJ entra em vigor
por Fernanda Dalla Costa — última modificação Jul 15, 2010 06:37 PM


tags: Política Nacional de Resíduos Sólidos, Reciclagem, Rio de Janeiro, sacolas
Os comerciantes fluminenses não poderão mais usar sacolas plásticas para embalar mercadorias, a partir dessa sexta-feira (16/07), quando entra em vigor a lei nº 5.502 de 2009.


>Varejistas cariocas ameaçam lutar na Justiça contra lei das sac
>Rio de Janeiro poderá ter lei de substituição de sacolas plás
>Lei contra sacolas no RJ causa reação da indústria e do comér
O governador Sérgio Cabral vetou o adiamento do início da lei para janeiro de 2011, que havia sido aprovado pelos deputados do estado. A decisão foi publica no Diário Oficial do estado nesta terça-feira, 13 de julho.

A partir de sexta-feira, fiscais da Secretaria do Ambiente inspecionarão supermercados e lojas para garantir a aplicação da lei. Inicialmente, o órgão realizará ações educativas e ainda não aplicará as multas, que podem chegar a R$ 20 mil.

“Estamos preparados para cumprir essa lei, os mercados vão dar desconto de 3 centavos em cada cinco itens para quem não quiser levar a sacola. E vão disponibilizar outros tipos de sacolas reforçadas, como de lona e ráfia, que possam ser reutilizadas”, presidente da Associação de Supermercados do Rio de Janeiro (Asserj), Aylton Fornari.

Em maio, a associação manifestou descontentamento com a lei, declarando que a sua redação não era clara e que deixava dúvidas sobre quais materiais seriam permitidos para a confecção das sacolas.

Fornari declarou na época que a assessoria jurídica da associação estudava a possibilidade de uma ação judicial em favor dos varejistas, fato que não ocorreu, de acordo com informações da própria Asserj.

Já no comércio popular, que também deverá cumprir a lei, a mudança não será tão fácil, devido à da falta de alternativas de baixo custo, como informou o presidente da Sociedade de Amigos e Adjacências da Rua da Alfândega (Saara), Ênio Bittencour.


http://www.revistasustentabilidade.com.br/reciclagem/lei-que-proibe-sacolas-plasticas-no-rj-entra-em-vigor

domingo, 11 de julho de 2010

Publicado por Manuela Alegriaem 6 de julho, 2010Pioneiras na divulgação dos dados, empresas miram o futuro de olho na economia de baixo carbono. Os inventários estão disponíveis em www.fgv.br/ces/registro

Em 2009, 35 empresas brasileiras de grande porte fizeram seus inventários de emissão de gases de efeito estufa para saber em que setores mais emitem os gases causadores do aquecimento global e como reduzir essas emissões. Somadas, as emissões diretas desse grupo representam quase 89 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente (tCO2e, medida utilizada para comparar as emissões de vários Gases de Efeito Estufa baseado no potencial de aquecimento global de cada um).

As empresas do setor de transformação respondem pela maior parte das emissões das companhias inventariadas (89%), seguidas pelo setor de mineração (10%). Saneamento, energia, agrícola, serviços financeiros e serviços públicos somam o 1% restante. No setor de transformação, petroquímica e combustíveis sãos as indústrias que mais emitiram. A mineração de não metálicos ficou em segundo lugar e metalurgia em terceiro.

As emissões de 2009 reportadas nos 35 inventários representam 4% do total de emissões do Brasil em 2005 – com base no Inventário Nacional Preliminar divulgado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia em novembro passado –, e 20% desse total, se excluídas as emissões de agricultura e mudança no uso de terra e florestas.

Por iniciativa voluntária, os dados referentes à emissão individual de cada empresa estão disponíveis no Registro Público de Emissões de Gases de Efeito Estufa do país. A plataforma online para a publicação de inventários de GEE de instituições brasileiras está acessível em: www.fgv.br/ces/registro.

O registro e a metodologia adotada para realizar os inventários são ações do Programa Brasileiro GHG Protocol, coordenado pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas – GVces.

Com dois anos de atuação no Brasil, o programa reúne 60 grandes empresas. Parte delas também integra o Empresas pelo Clima, programa do GVces voltado para a gestão de emissões e a criação de bases regulatórias para a economia de baixo carbono. Até o ano que vem, todas as empresas que integram o GHG Protocol deverão publicar seus inventários no Registro Público lançado no fim de junho de 2010.

Para se ter uma ideia, o total das emissões desse grupo empresarial pioneiro seria o mesmo volume de gases causadores do aquecimento global gerados por um carro a gasolina, motor 1.0, que tivesse percorrido 630 bilhões de quilômetros. A distância é igual a 16 mil voltas à Terra ou a 1.370 idas e voltas ao distante planeta Marte. O volume emitido pelas primeiras empresas a divulgar seus inventários equivale ainda ao estoque de carbono de aproximadamente 356 milhões de árvores da Amazônia ou 200 mil hectares da floresta, uma área equivalente ao município de Piracicaba, no interior paulista.

Quantificar os gases que cada companhia emite, saber quais os setores que mais emitem e fazer a gestão adequada das emissões de gases estufa colocam o Brasil entre os países que buscam se adaptar às mudanças climáticas e mitigar seus efeitos por meio da economia de baixo carbono, que será a tônica do mercado do século XXI. A publicação dos dados servirá também para integrar os esforços do Programa Brasileiro GHG Protocol com as ações da Política Nacional de Clima e do cumprimento da meta assumida pelo governo ante as nações que integram a Convenção do Clima da ONU.

“De olho na redução de seus impactos climáticos, as empresas que tomaram essa iniciativa voluntária estão na perspectiva dos futuros marcos regulatórios que orientarão as ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas” avalia Roberto Strumpf, coordenador do Programa Brasileiro GHG Protocol. Para ele, a divulgação das emissões setoriais também será um diferencial dessas empresas junto aos consumidores, cada vez mais atentos à responsabilidade socioambiental corporativa.

Aberto a adesões

Primeiro grupo de empresas no Registro Público de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Brasil responde por 89 milhões de toneladas de CO2e
Publicado por Manuela Alegriaem 6 de julho, 2010


A metodologia do GHG Protocol usada no Brasil foi uma adaptação à realidade nacional e resultou da interação entre a equipe do programa e 27 empresas fundadoras. O GHG Protcol original desenvolvido pelo World Resources Institute – WRI em parceria com o World Business Council for Sustainable Development – WBSCD é a metodologia mais utilizada em todo o mundo para a realização dos inventários. Ela é compatível com as normas ISO e as metodologias de quantificação do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas – IPCC.

As informações geradas nos inventários do programa podem ser aplicadas aos relatórios e questionários de iniciativas como Carbon Disclosure Project, Índice Bovespa de Sustentabilidade Empresarial – ISE e Global Reporting Initiative – GRI. O programa permite a transferência gratuita da metodologia e do know-how para o cálculo de emissões. O Programa Brasileiro GHG Protocol recebe adesões durante todo o ano. Mais informações em: http://www.fgv.br/ces/ghg

http://www.revistameioambiente.com.br/2010/07/06/primeiro-grupo-de-empresas-no-registro-publico-de-emissoes-de-gases-de-efeito-estufa-do-brasil-responde-por-89-milhoes-de-toneladas-de-co2e/

Sustentabilidade e O Princípio dos R’s

Cada vez mais as pessoas vêm demonstrando interesse pelo cuidado e preservação ambiental, sendo isso, fruto dos apelos e alertas da mídia e dos trabalhadores em defesa da natureza.

E quem ainda não ouviu falar dos 3R, 4R ou dos 5R deixa claro não ter interesse por essa preservação.

A sustentabilidade e o princípio dos R’s estão intimamente ligados, pois esses princípios nos levam a uma ação sustentável.


Os 3R significam Reduzir, reutilizar e reciclar, palavras-chaves no cuidado com o meio ambiente, afinal devemos reduzir o consumismo, reutilizar os materiais que já não nos tem aquela serventia que nos levou a adquiri-los e reciclar os que não têm outra serventia estando na mesma forma, havendo a necessidade de transformá-lo em outro objeto para voltar a ser útil.

Os 4R significam Reduzir, reutilizar, reciclar e reintegrar, fazendo-se diferente dos 3R apenas pela palavra reintegrar, que sugere tornar o material ao ambiente transformando-o mais uma vez em natureza.

Os 5R significam Reduzir, reciclar, reutilizar, repensar e recusar, que sugere que tudo que se usa deve voltar ao meio ambiente de maneira não agressora, e deve ser repensada qual a melhor maneira de retorná-lo ou mesmo qual a real necessidade de obter algum produto.

Ser uma pessoa ecologicamente correta não é simples, não basta apenas usar sacola retornável no supermercado ou manter a torneira fechada enquanto escovamos os dentes.

Para cuidar realmente dos nossos bens naturais é necessário consumir corretamente, sem exageros e desperdícios. Ou seja, consciência em primeiro lugar.

Muito do lixo que produzimos todo o dia pode demorar milhões de anos para se decompor e enquanto isso a quantidade de lixo só aumenta e nosso planeta apenas sofre as consequências.

Quantas vezes em nossas vidas reciclamos algo que não nos servia mais? Reciclar pode ser trabalhoso e não dar um resultado cem por cento. Achamos então mais prático jogar as sacolinhas de lixo e comprar outro objeto do mesmo, novinho em folha.

Quantas vezes reutilizamos algo que já não nos serve mais? Para que reutilizar um objeto se posso comprá-lo de última linha, de última moda sem precisar ter o trabalho de utilizar aquela coisa velha que já não tem mais serventia? E lá vai mais um objeto para mais umas sacolinhas plásticas.

Raquel Nunes
16 de junho de 2010

Quantas vezes já pensamos em transformar algo inútil em algo saudável ao meio ambiente?
Quantas vezes em nossas vidas já paramos para pensar em nosso meio ambiente?

Na hora de consumir nunca paramos para pensar nos prejuízos que isso pode causar, e nem mesmo quando acontecem as tantas mudanças climáticas inesperadas e as tantas catástrofes passa por nossas cabeças que pode ser a natureza reclamando de tanta poluição, tanta degradação e maus tratos.

http://www.ecologiaurbana.com.br/sustentabilidade/a-sustentabilidade-e-o-principio-dos-rs/

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Polêmico documentário sobre massacre de golfinhos estreia no Japão

DA EFE, EM TÓQUIO
04/07/2010
documentário vencedor do Oscar "The Cove", que aborda o massacre dos golfinhos em um povoado do Japão, estreou neste fim de semana em várias salas do país asiático em meio a muita polêmica e os protestos de grupos que o tacham de antijaponês.

Filmado em boa parte com câmeras escondidas no povoado de Taiji (costa leste do Japão), o filme chegou às salas japonesas com uma semana de atraso por causa das mobilizações de nacionalistas radicais que se opunham a sua projeção.

Os protestos e uma agressiva campanha contra o filme fizeram com que os poucos cinemas que tinham anunciado a estreia em 26 de junho optassem por cancelá-la, o que provocou uma onda de críticas e gerou o debate sobre a liberdade de expressão no Japão.

Depois, várias salas das cidades de Tóquio, Yokohama, Osaka, Kioto, Sendai e Hachinone decidiram exibi-lo a partir deste fim de semana para que 'as pessoas possam expressar seu acordo ou desacordo após assistirem', indicou a distribuidora do filme, Unplugged.

E o debate já começou. Ao mesmo tempo em que os espectadores saíam impressionados com as imagens ressaltaram que a carne de golfinho é um prato pouco comum nas mesas do país.

"É um filme muito crítico" e até "grotesco", disse Katsura, um espectador que assistiu em um cinema do popular no distrito comercial de Shibuya.

Para o estudante, o documentário "mudará a opinião de muitos" sobre a caça de golfinhos, embora tenha insistido que a carne destes cetáceos, ao contrário do que possa parecer, é um prato que no Japão "quase não se come".

Os 90 minutos do documentário abordam a viagem para captura dos golfinhos em Taiji, uma localidade litorânea de 3.500 habitantes, onde os pescadores asseguram que a caça desses animais é uma tradição centenária. Os golfinhos são sacrificados para vender sua carne ou vendidos para os aquários de todo o mundo.

As associações de defesa dos animais criticam o massacre: pescadores encurralam golfinhos em águas pouco profundas, que ficam tingidas de vermelho depois que os animais são alcançados com instrumentos de pesca, como mostra o filme do diretor americano Louie Psihoyos.

Em Taiji o êxito internacional de "The Cove" exaltou os ânimos e a comunidade pesqueira alega que o filme deixa espaço para mal-entendidos e apresenta fatos não comprovados como se fossem verídicos.

Um representante do sindicato de pescadores de Taiji lamentou que esta comunidade "não tenha nem dinheiro, nem pessoal suficiente para tomar medidas contra o filme".

"Vivemos vidas ordinárias", declarou à agência "Kyodo".

"The Cove" foi visto na capital japonesa em uma projeção especial em outubro durante o Festival Internacional de Cinema de Tóquio, onde já se previu a polêmica que iria originar entre os defensores das práticas tradicionais.

Neste fim de semana, agentes da polícia patrulharam os arredores de algumas das salas onde o filme foi projetado para evitar manifestações, proibidas pelos tribunais depois que os cinemas de Yokohama e Tóquio apresentaram recurso contra as mobilizações.

Isso não evitou que alguns membros de grupos nacionalistas se reunissem brevemente na região com cartazes, sem o registro de incidentes.

Está previsto que, após sua estreia hoje em seis cidades, outras 16 localidades do Japão levem o filme para suas salas durante os próximos meses.

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/761684-polemico-documentario-sobre-massacre-de-golfinhos-estreia-no-japao.shtml
O assunto abaIxo parece ser complexo, mas, é de muita importãncia para sabermos questionar.

Comissão aprova reforma do Código Florestal

Em reunião marcada por ofensas e confrontos entre parlamentares, provocações e manifestações de ambientalistas e ruralistas, foi aprovado por 13 votos a 5 o substitutivoEspécie de emenda que altera a proposta em seu conjunto, substancial ou formalmente. Recebe esse nome porque substitui o projeto. O substitutivo é apresentado pelo relator e tem preferência na votação, mas pode ser rejeitado em favor do projeto original. do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) ao Projeto de Lei 1876/99, que revoga o Código Florestal (Lei 4771/65) e a Lei de Proteção das Florestas Existentes em Nascentes dos Rios (7754/89). Todos os destaquesMecanismo pelo qual os deputados podem retirar (destacar) parte da proposição a ser votada, ou uma emenda apresentada ao texto, para ir a voto depois da aprovação do texto principal. apresentados ao texto foram rejeitados. PT, PV e Psol e os deputados Valdir Colatto (PMDB-SC) e Assis Miguel Couto (PT-PR) apresentaram voto em separadoEspécie de manifestação alternativa ao voto do relator em uma comissão, podendo ser apresentado por qualquer dos demais integrantes. ao parecer. A proposta ainda terá que ser votada pelo Plenário.

Veja como votaram os deputados na comissão especial

Moratória do desmatamento
Um dos pontos mais polêmicos da proposta é a proibição de abertura de novas áreas para agricultura ou pecuária em qualquer propriedade do País por cinco anos — uma moratória do desflorestamento. Em troca, as áreas que estavam em uso na agropecuária até julho de 2008 serão reconhecidas e regularizadas.

O prazo de cinco anos é o tempo que União e estados terão para elaborar seu Zoneamento Econômico-Ecológico (ZEERegulamentado pelo Decreto 4297/02, o ZEE é um instrumento de gestão do território que estabelece, na implantação de planos, obras e atividades públicas e privadas, diretrizes para a proteção ambiental e a distribuição espacial das atividades econômicas para assegurar o desenvolvimento sustentável. O ZEE tem por objetivo geral organizar as decisões dos agentes públicos e privados quanto a planos, programas, projetos e atividades que, direta ou indiretamente, utilizem recursos naturais, assegurando a plena manutenção do capital e dos serviços ambientais dos ecossistemas.) e os planos de bacia, instalar os comitês de bacia hidrográfica e elaborar seus programas de regularização ambiental.

Neste dispositivo está um dos questionamentos mais fortes dos ambientalistas: o texto prevê exceção à moratória do desmatamento nos casos em que as autorizações para desflorestar já tenham sido expedidas ou forem protocoladas até a data da promulgação da lei.

O relator diminuiu de 30 para 20 anos o prazo para o produtor recompor as áreas desmatadas. Rebelo lembrou que os 20 anos se somam aos 5 de moratória. Em sua opinião, os 25 anos são um prazo razoável.

O relatório suspende as penalidades para produtores rurais que cometeram crimes ambientais até julho de 2008. Com isso, produtores poderão continuar com suas atividades em área de reserva legalÁrea localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas. O tamanho da reserva varia de acordo com a região e o bioma: - Na Amazônia Legal: 80% em área de florestas, 35% em área de cerrado, 20% em campos gerais; - Nas demais regiões do País: 20% em todos os biomas. até que seja elaborado o Programa de Regularização Ambiental, cujo prazo é de cinco anos.

Autonomia dos estados
Uma decisão polêmica, mantida pelo relator, foi permitir que os estados diminuam ou aumentem as áreas de reserva legal de acordo com estudos técnicos e seu Zoneamento Ecológico-Econômico. A Constituição determina que a competência é concorrente, ou seja, a União tem o poder de editar normas gerais, que devem ser detalhadas pelos estados. No entender da oposição, a delimitação de áreas de proteção é típica de lei geral e não poderia ser transferida para os estados.

As Áreas de Proteção Permanente (APPSão faixas de terra ocupadas ou não por vegetação nas margens de nascentes, córregos, rios, lagos, represas, no topo de morros, em dunas, encostas, manguezais, restingas e veredas. Essas áreas são protegidas por lei federal, inclusive em áreas urbanas. Calcula-se mais de 20% do território brasileiro estejam em áreas de preservação permanente (APPs). As APPs são previstas pelo Código Florestal. Os casos excepcionais que possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em APP são regulamentados pelo Ministério do Meio Ambiente.s) de rios (matas ciliares) de até cinco metros de largura foram reduzidas de 30 para 15 metros, e os estados não terão poder para alterar esses limites.

Pequenas propriedades
Aldo Rebelo excluiu da obrigação de recompor a reserva legal as propriedades de até quatro módulos fiscais. Ele manteve, porém, os percentuais de preservação: as reservas legais terão de preservar 80% da vegetação nativa na área de floresta da Amazônia Legal, 35% do Cerrado e 20% da vegetação no resto do País. Caso a vegetação remanescente seja superior a essa previsão, poderá ser cortada até esse limite.

Dr. Rosinha propôs, mas não foi aceita, a utilização do conceito da Lei da Agricultura Familiar (Lei 11.326/06) para caracterizar a pequena propriedade. O deputado Anselmo de Jesus (PT-RO) afirmou, porém, que o parecer atendeu todas as necessidades da agricultura familiar do País e contemplou as sugestões de todos os setores.

Para Ivan Valente (Psol-SP), o módulo fiscalÉ a unidade de medida em hectares definida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para cada município, para cobrança do Imposto Territorial Rural. As variações levam em conta qualidade do solo, relevo, acesso e capacidade produtiva. Na região Norte, um módulo fiscal varia de 50 a 100 hectares; no Nordeste, de 15 a 90 hectares; no Centro-Oeste, de 5 a 110 hectares; na região Sul, de 5 a 40 hectares; e na Sudeste, de 5 a 70 hectares. também não seria apropriado. O parlamentar disse que o maior problema dessa definição é que os módulos variam a cada região do País.

Classificação de vegetação
Como sugerido por parlamentares da bancada que representa os produtores rurais, o relator retirou do texto as classificações de diferentes tipos de vegetação, que se dividiam em formação campestre, florestal e savânica. De acordo com os deputados, essa diferenciação poderia provocar recursos à Justiça, dada a difícil interpretação da classificação. Aldo ficou com a definição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que já divide em florestas, cerrados e campos gerais.

O deputado também retirou a possibilidade de recomposição com espécies exóticas, como constava da primeira versão do texto.
Reportagem - Vania Alves
Edição – Regina Céli Assumpção

http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/MEIO-AMBIENTE/149459-COMISSAO-APROVA-REFORMA-DO-CODIGO-FLORESTAL.html

Comissões do Senado aprovam nova gestão de lixo no Brasil

Revista Exame - 07/07/2010
Vanessa Barbosa

São Paulo - Em tramitação há mais de 18 anos no Congresso brasileiro, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), projeto de lei que estabelece diretrizes para o descarte de lixo e a reciclagem no País, foi aprovada hoje, com unanimidade, por Comissões do Senado, em Brasília.
O texto segue agora para apreciação no Plenário, em regime de urgência. Se passar, a Política Nacional de Resíduos Sólidos só precisará ser sancionada pelo presidente Lula para virar lei. O projeto da PNRS prevê a gestão responsável do lixo brasileiro, e proíbe a criação de lixões para lançamento de resíduos a céu aberto.

Todas as prefeituras deverão construir aterros sanitários adequados às normas ambientais, onde só poderão ser depositados os resíduos sem qualquer possibilidade de reaproveitamento ou compostagem. Será proibido catar lixo, morar ou criar animais em aterros sanitários. Além disso, é incluída na legislação a responsabilidade compartilhada entre governo, sociedade e iniciativa privada pelo descarte do lixo.

A proposta prevê ainda acordos setoriais para dar suporte à Logística Reversa, quando o fabricante é o responsável pelo descarte do produto após a venda, e também sugere meios para que ela possa ser colocada em prática, envolvendo, por exemplo, as cooperativas de catadores de lixo, que fazem a triagem do material que será reciclado. Também é contemplada no texto, a possibilidade da indústria de reciclagem receber incentivos da União e dos governos estaduais.

Com isso, o país tentará resolver o problema da produção de lixo das cidades, que chega a 150 mil toneladas por dia. Desse total, 59% vão para os "lixões" e apenas 13% têm destinação correta, em aterros sanitários. Em 2008, apenas 405 dos 5.564 municípios brasileiros faziam coleta seletiva de lixo.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Seres Humanos

Autor: Alex Moreira dos Santos - Biólogo

Todos os dias milhões de pessoas acordam cedo e vão para os seus respectivos trabalhos, no final do dia voltam para as suas casas, cansados da sua jornada de trabalho, em suas casas depois de se alimentarem, vão para suas camas para dormirem e repetirem tudo de novo no dia seguinte. E assim vão vivendo, envelhecendo cada dia mais, vendo filhos e netos crescerem.
Resumidamente e simplificado esse é o ciclo de vida dos seres humanos.

Agora, o que torna os seres humanos superiores aos outros animais ???

As Respostas podem ser inúmeras, dependendo do ponto de vista das pessoas.
Alguns religiosos diriam que a Alma nos torna superior aos demais animais, cientistas diriam que é a nossa capacidade de pensar, raciocinar, e criticar que o nosso complexo cérebro possui.
O Interessante é observar que realmente nos somos uma espécie complexa demais, o que não significa que isso seja positivo, afinal somos capazes de fazer guerras que mudam toda a historia do planeta, dizimamos semelhantes apenas por terem uma cor diferente de pele, ou por apenas terem uma religião diferente, somos capazes de fazer as maiores atrocidades inimagináveis, já extinguimos e a ainda continuamos a extinguir centenas de espécies de animais, muitos deles são extintos sem ao menos nos tornamos conhecimento de sua existência.
Somos cruéis por natureza, violentos, sádicos, maldosos, somos uma espécie destrutiva que está acabando com o nosso bem mais precioso, o Planeta Terra.
Pare para pensar e reflita bem..... Somos realmente superiores aos outros animais???
O que nos fazemos que nos torna superiores?
A Alma? Nosso complexo cérebro?
Se você é religioso, provavelmente vai dizer que é a Alma que nos torna especial, superiores a outras formas de vida, e que segundo a Bíblia, Deus nos colocou para reinarmos sobre a terra e sobre outros animais.
Uma ótima resposta...... mas... Será que Deus nos colocou para nos destruirmos outros animais, caçarmos e matarmos outras espécies e ao meio ambiente apenas por esporte, prazer e dinheiro ?
Será que fomos criados apenas para destruirmos o nosso planeta?
Ou caso você não acredite na Bíblia, será que evoluirmos tanto para se tornarmos tão destrutivos ?
Isso seria uma evolução da espécie, se tornar destrutivos ?
Nossa espécie se tornou um câncer para o Planeta, afinal, nós utilizamos seus recursos de maneira indiscriminada, destruímos a camada de ozônio, que é uma proteção natural da terra, poluímos rios e mares, desmatamos florestas, extinguimos outras espécies de animais, e matamos nossa própria espécie por prazer.
Temos o direito de fazer isso ???
O Planeta terra age contra nós como pode, novos vírus, terremotos, tsunamis, furações, mais nada disso é realmente efetivo contra nossa espécie, afinal somos um câncer em metástase, o planeta já não consegue lutar de maneira efetiva contra nós.
A única esperança para o planeta seria se nós nos destruissemos sozinhos, e olha que isso não é impossível de acontecer, afinal, por que você acha que foi criado a bomba atômica ?
O Planeta pede socorro, e o que nós fazemos?
Ignoramos seu pedido.
Olha o pacto de Kyoto, países ricos preferem destruir o planeta a mudar a economia, outros preferem duvidar do aquecimento global, por meio de teses e teorias.
Basta você olhar em sua volta, e já verá a ação desse aquecimento, é verdade que a terra passa por ciclos, como aconteceu a milhões de anos atrás como a Era do Gelo, e que ela está numa fase de aquecimento, mas o que acontece é que estamos jogando lenha na fogueira, e é muita, mas muita lenha, e com isso o planeta está aquecendo sem controle, degelos nos pólos (extinção de espécies), aumento do nível do mar (desaparecimentos de ilhas e cidades), aquecimento dos oceanos (extinção de corais e outros seres vivos sensíveis a alteração de temperatura como o Krill).
E ainda tem gente que duvida do aquecimento global.
Somos a espécie mais complexa, e também a pior.

domingo, 9 de maio de 2010

Empresas: conciliando sua imagem com os aspectos sociais e ambientais

Atualmente, não basta ter preço competitivo e qualidade, é necessário se diferenciar. E uma das formas encontradas pelas empresas, como um diferencial, é demonstrar publicamente, seus feitos em relação a responsabilidade social e ambiental, isso será de vital importância, já que as empresas estão enfrentando, crescentemente, novos desafios impostos pelas exigências dos consumidores, pela pressão de grupos da sociedade organizada e por legislações além das regras comerciais que demandam. Dessa forma, as empresas estão tentando demonstrar novas posturas diante de questões ligadas coma ética e à qualidade da relação empresas–sociedade.
Legislações ambientais, normas de qualidade, globalização, e a competitividade entre as empresas, essas são algumas das causas que estão motivando as empresas a conciliar a sua lucratividade com a responsabilidade social e ambiental.
Pois, uma das condições para a empresa obter lucro e ser competitiva é relacionar sua marca a conceitos e valores éticos. Afinal, para conquistar o consumidor, que exerce com mais consciência a sua cidadania, as companhias precisam comprovar que adotam uma postura correta, tanto na relação com os funcionários, consumidores e fornecedores e clientes em relação à leis, aos direitos humanos e ao meio ambiente. As perdas empresariais oriundas dos casos de desastre ambiental apresentados aqui mostram o quanto as empresas estão pressionadas pelos stakeholders a agir com responsabilidade social, (LORENÇO, 2003, p.117).
Dessa forma, percebemos a influência de marketing na formação de hábitos de consumo das pessoas e na criação da imagem que inspire credibilidade e confiança isso faz com que as empresas se direcionam à constante melhoria da gestão do marketing integrado, criando uma cultura de respeito e valorização perante os consumidores.
Além de que, com o aumento da necessidade de serem competitivas devido à abertura do mercado nacional e oportunidades de exportação, as organizações estão buscando alternativas de se diferenciar, abrir novos mercados e melhorar sua competitividade. Pois, a responsabilidade sócio-ambiental pode fazer essa diferenciação. Por outro lado, com a democratização, diminuição do papel do Estado, maior atuação da mídia e conscientização da sociedade civil, a pressão social e política para uma maior responsabilidade sócio-ambiental e transparência das empresas tende a aumentar., (OLIVEIRA, 2007).
Contudo, ainda não há muitas barreiras da venda de produtos ecologicamente corretos, já que é importante para muitos consumidores a preocupação em relação ao meio ambiente, (PALHARES, 2003, p. 4 2):
Restrições financeiras: Apesar do hábitos de consumo das pessoas terem aumentado – de forma acentuadas, as vendas de produtos verdes não cresceu no mesmo em função de restrições financeiras, já que, em geral os produtos “verdes” chegam ao mercado com um preço-prêmio;
A complexidade da questão: Isso significa que o consumidor pode não considerar que alguns de seus hábitos de consumo têm vinculo estreito com a degradação ambiental, ou que pode haver fatores – além das restrições financeiras – inibam a propensão produtos mais “verde”;
A definição do que seja “verde”: Ocorre que a expressão “verde” nem sempre é compreendida como sinônimo de “sustentável”, sendo na maioria das vezes vista apenas como “ecologicamente melhor” (ou “ambientalmente mais amigável”) do que as demais opções disponíveis no mercado. Até o momento, porém, isso não parece ter sido suficiente para convencer os consumidores a mudar seus hábitos.
Em um processo lento, as empresas estão percebendo a necessidade de conciliar a marca com a responsabilidade social e ambiental, Já que, através da tecnologia de informação, há maior transparência de informação, dessa forma, os consumidores conseguem ter maior participação na vida corporativa, havendo maior impacto nas atitudes das empresas.
Mas, fica uma grande dúvida, como saber se realmente o que divulgam é realmente verdade ou apenas propaganda enganosa?

BIBLIOGRÁFIA


LORENÇO, Alex G.; SHRÖDER. Vale investir em responsabilidade social empresarial? Stakeholders, ganhos e perdas. . Responsabilidade social: evolução e tendência. Responsabilidade Social das Empresas – A Contribuição das Universidades, V.II, p.77 a 120. São Paulo: Petrópolis: Instituto Ethos, 2003.

OLÍVEIRA. José A. P. de. Uma avaliação dos balanços sociais das 500 maiores. RAE-eletrônica, São Paulo, v.4, n.1, Art. 2, jan/jun. 2005. Disponível em:
Autor: Elisabeth Rayle Bortucan Lenza

sábado, 24 de abril de 2010

Hidrelétrica de Belo Monte em números

Gabriela Ruic - Portal Exame
Em meio às discussões ambientais e jurídicas, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) conduziu nesta terça (20) o leilão que irá, enfim, definir o consórcio responsável pela construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, que será instalada no Rio Xingu, no Pará. Em seguida, alguns números e informações acerca da hidrelétrica cujo projeto nasceu em meados dos anos 70, e que renasceu nas pautas do governo com os planos do PAC (Programa de Acerelação do Crescimento). Esta obra será a segunda maior do pacote do governo, ficando atrás apenas da construção do trem-bala que irá ligar São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro, até 2015, e cujo valor está orçado em U$11 bilhões.

Localização:
Bacia do rio Xingu, entre os estados do Pará e Mato Grosso. De acordo com a ANEEL, a usina será instalada no município Vitória do Xingu.

Tamanho:
A Usina Belo Monte será a terceira maior do mundo, com capacidade instalada de 11.233,1 Megawatts (MW). Em primeiro está a chinesa Três Gargantas, 22,5mil MW, e em, seguida a Itaipu Binacional, com 14 mil MW.

Geração de Energia:
A capacidade mínima da usina será de 11.233,1 MW, sendo a garantia física de 4.571MW. O Rio Xingu não é um rio de regime perene, o que significa que a vazão da água não é constante, ou seja, a usina irá gerar apenas 40% de sua capacidade total, um aproveitamento 30% menor que a média de outras usinas hidrelétricas brasileiras que operam mais de 3 mil MW.

Tal redução acontecerá temporadas de seca, que duram de 4 a 6 meses, quando a vazão da Belo Monte será de apenas 700 metros cúbicos por segundo (m³/s), entrando em regime de ociosidade e produzirá menos que 3 mil MW. Em períodos de cheia, o volume será de 4 e 8 mil m³/s.

Dados da ANEEL afirmam que, quando operando em plena capacidade, a usina irá atender à uma demanda de uma cidade com 26 milhões de habitantes, o equivalente a região metropolitana de São Paulo.

Quem está na disputa:
O leilão será disputado por duas concessionárias:

- Consórcio Norte Energia: Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF), com 49,98%, Construtora Queiroz Galvão S/A, com 10,02%, Galvão Engenharia S/A, com 3,75%, Mendes Junior Trading Engenharia S/A, com 3,75%, Serveng-Civilsan S/A, com 3,75%, J Malucelli Construtora de Obras S/A, com 9,98%, Contern Construções e Comércio Ltda, com 3,75%, Cetenco Engenharia S/A, com 5%, Gaia Energia e Participações, com 10,02%.

- Consórcio Belo Monte Energia: Andrade Gutierrez Participações S/A, com 12,75%, Vale S/A, com 12,75%, Neoenergia S/A, com 12,75%, Companhia Brasileira de Alumínio, com 12,75%, Furnas Centrais Elétricas S/A, com 24,5%, Eletrosul Centrais Elétricas S/A, com 24,5%.

Previsão de início das operações:
As operações devem iniciar-se em fevereiro de 2015, e o projeto deve ser concluído até 2019.

Quanto irá custar:
De acordo com o governo, a usina irá custar 19 bilhões de reais, porém os investidores prevêem gastos de até 30 bilhões. A vencedora do Leilão será o consórcio que oferecer o menor lance na relação Megawatts/hora (MWh). O teto máximo, fixado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) é de R$83 por MWh.

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) irá apoiar financeiramente a construção. O órgão divulgou na semana passada as diretrizes que irão nortear as condições de financiamento. A porcentagem da operação com participação do BNDES poderá ser de até 80%, a serem pagos em até 30 anos.

Tribos indígenas da região:
Dados do Instituto Socioambiental, instituição sem fins lucrativos que atua em questões dos direitos indígenas, estima que na região da bacia do Xingu vivem 28 etnias indígenas, um total de 20 mil pessoas.


http://portalexame.abril.com.br/meio-ambiente-e-energia/noticias/hidreletrica-belo-monte-numeros-551153.html

Belo Monte será a segunda maior hidrelétrica do Brasil

A polêmica em torno de Belo Monte é tão grande quanto suas dimensões. Com capacidade de produção de 11.200 megawatts, Belo Monte será a segunda maior usina hidrelétrica do Brasil, atrás apenas da binacional Itaipu (14.000 MW). A discussão em torno de sua construção, no entanto, dura quase 30 anos. Entre seus opositores já estiveram figuras tão distintas quanto o cantor Sting e o cacique Paulinho Paiakan, além de índios furiosos que golpearam a facão um funcionário da Eletrobrás. Do lado oposto, estão as maiores empreiteiras e empresas de energia do país, interessadas em construir a hidrelétrica, além do governo, que argumenta que apenas o início da construção da usina será suficiente para manter os preços da energia mais baixos no Brasil nos próximos anos.
Questões ambientais e indígenas à parte, a expectativa do governo é realizar o leilão da usina até o final do ano. Considerando os períodos de cheia e seca, a potência média da hidrelétrica localizada no rio Xingu, no Pará, será de aproximadamente 5.000 MW. Embora as características técnicas da hidrelétrica já estejam praticamente definidas, os investimentos necessários para que ela saia do papel aparece atualmente como o ponto mais controverso.
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), comandada pelo governo federal, afirmou que o custo seria de 16 bilhões de reais, mas o montante foi contestado pelo mercado. De acordo com José Ayres, presidente da CNEC Energia, empresa que participou dos estudos de viabilidade da obra, os principais interessados na construção da usina avaliam que seu custo em torno dos 30 bilhões de reais. Para Ayres, esse valor reflete as dificuldades que surgirão durante a construção do empreendimento, que devem gerar custos aos investidores. A EPE imagina uma construção intermitente da usina enquanto as empresas acreditam que boa parte da obra terá de ser paralisada durante os três meses de chuva intensa que castiga essa região do Xingu todos os anos.
Segundo Ayres, um dos maiores desafios na construção da hidrelétrica é a logística das obras. Será necessário construir quase 400 quilômetros de estradas de terra para interligar os diversos pontos de trabalho. As empresas também terão de desenvolver formas de levar milhões de toneladas de aço, cimento e combustível para uma região praticamente isolada e carente de estradas. Ainda não se sabe se a opção mais viável de transporte de insumos serão a rodovia Transamazônica ou os rios navegáveis que cortam a região. Esse material será armazenado em pelo menos quatro grandes silos.
Ayres afirma que, se por um lado os meses de chuva devem favorecer a navegação nos rios, por outro haverá paralisação de trabalhos como a construção de estradas e prejuízos materiais com o dano que a água pode provocar a materiais estocados. Nesses momentos de pausa, os cerca de 30.000 trabalhadores que devem trabalhar na construção da usina terão de permanecer no local das obras, uma vez que é inviável dispensá-los por um período relativamente curto. Além disso, será preciso construir áreas com alojamentos, refeitórios, centros de saúde, áreas de lazer e reservatórios de água, entre outras coisas. Também será necessário receber e transportar as 20 turbinas que gerarão energia na usina e pesam cerca de 500 toneladas cada uma.
Para Sílvio Areco, a obra é necessária para garantir o fornecimento de energia no Brasil. Com a expectativa de forte crescimento do país nos próximos anos e do aumento dos investimentos em infraestrutura para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, será necessário criar formas de atender ao aumento da demanda. Pelo cronograma oficial, a primeira turbina de Belo Monte deve começar a gerar energia em 2014 e a 20ª entrará em operação somente em 2019. "Estamos em uma rampa de subida do consumo, a crise já ficou para trás. Temos que ficar atentos a isso", diz Areco.
Para José Ayres, da CNEC, o Brasil precisa de Belo Monte para evitar o aumento futuro dos preços da energia a um custo favorável. "Nenhum outro projeto pode oferecer energia tão barata, limpa e renovável como Belo Monte", diz ele, que participa dos estudos do projeto há quase 30 anos. Os analistas do Barclays apostam que o preço médio da energia gerada pela usina fique entre 99 e 106 reais por MWh, um valor bastante atrativo para a realidade brasileira e mundial.
Além do preço, outros fatores favorecem o investimento. “A virtuosidade de Belo Monte é sua integração com o Sistema Interligado Nacional”, afirma o presidente da CNEC. A energia gerada pela usina poderá ser integrada ao sistema com a construção de pouco mais de 100 km de linhas de transmissão entre a hidrelétrica e a cidade de Marabá, no Pará – uma obra que pode ser considerada bastante simples em relação ao todo.
Cerca de 30% da energia produzida na nova hidrelétrica deverá permanecer na região Norte, formando um eixo de desenvolvimento local. "Com a fixação de energia, a mão de obra também terá como ser incorporada à região após o término da obra", diz Ayres. As oportunidades devem se intensificar caso empresas autoprodutoras de energia decidam participar do leilão de Belo Monte e depois utilizem a energia em empreendimentos próximos.
Segundo o governo, 70% da energia gerada em Belo Monte deverá ser vendida dentro das regras do mercado regulado, até 20% podem ficar com os autoprodutores e até 10% poderão ser destinados ao mercado livre (bem abaixo dos 30% reservados a este segmento no leilão das usinas do rio Madeira). Esse modelo não é unanimidade. Para Ricardo Lima, presidente da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais (Abrace), a separação de uma parcela de energia para o consumidor livre é prejudicial. "O formato leva o investidor a buscar uma tarifa mais baixa para consumidor cativo para vencer o leilão. Mas, para conseguir rentabilidade, ele acaba compensando o desconto aumentando o preço para o mercado livre", diz. Esse formato foi usado nos leilões do rio Madeira e penalizou as grandes empresas consumidoras de energia.
Belo Monte leva o nome do pequeno município próximo ao local onde será construída, localizado a cerca de 50 quilômetros da cidade de Altamira. O financiamento de 70% da hidrelétrica será feito via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com um prazo de pagamento de cerca de 30 anos - cinco a mais do que o concedido para a construção das usinas do Rio Madeira. Também para viabilizar a construção da obra, o banco Barclays acredita que o governo pode conceder a isenção da alíquota de 9,25% de PIS-Cofins.
A energia obtida na usina será gerada a partir de um desnível de 98 metros entre dois pontos do rio Xingu, que serão interligados por quase 30 quilômetros de canais, auxiliados por 29 diques de contenção das áreas alagadas. De acordo com o estudo apresentado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a casa de força principal da hidrelétrica contará com 20 turbinas de 550 megawatts de potência. A previsão é que a primeira unidade esteja pronta e operando em um período de cinco anos a partir do início da construção. A cada seis meses, uma nova turbina entrará em operação.
O desnível considerado é pequeno para um rio como o Xingu, que tem vazão média de 7.800 metros cúbicos de água por segundo. Entretanto, uma compensação positiva para esta baixa relação entre desnível e vazão está no fato de que a área que será alagada para o reservatório de Belo Monte deverá ser relativamente pequena, principalmente se comparada à de Itaipu – 500 quilômetros quadrados contra 1.350 quilômetros quadrados, respectivamente.
Segundo José Ayres, da CNEC, será mantida a vazão mínima de 1.000 metros cúbicos por segundo no atual leito do rio mesmo nos períodos de seca para que a fauna que habita a parte que ficará abaixo da barragem não seja afetada. Se o volume mínimo de chuvas não for observado, a cada dois anos será liberada uma vazão adicional do vertedouro para garantir uma cheia artificial de 4.000 metros cúbicos. Essa vazão é garantida mesmo que a geração de energia tenha que ser interrompida por falta de água.



Publicado: Portal Exame - Por: Por Eduardo Tavares
Retirado: http://portalexame.abril.com.br/negocios/belo-monte-sera-segunda-maior-hidreletrica-brasil-506109.html?page=1

Complexo Hidrelétrico Belo Monte e sua inserção regional

O sítio do Complexo Hidrelétrico Belo Monte está localizado no rio Xingu, no Estado do Pará. O arranjo atual prevê a implantação de duas casas de força, conforme explicado adiante, e será, quando construído, o terceiro maior aproveitamento hidrelétrico do mundo, com 11.182 MW de potência instalada. É considerado uma obra estratégica para o setor elétrico brasileiro, pois proporcionará a integração entre bacias hidrográficas com diferentes regimes hidrológicos, resultando em um ganho da energia garantida no Sistema Interligado. É, ainda, um aproveitamento excepcional do ponto de vista da engenharia e custo. As perspectivas de crescimento do Produto Interno Bruto e, portanto, do mercado de energia elétrica sinalizam para a necessidade do aumento da oferta de energia elétrica. A alternativa da construção deste empreendimento se apresenta altamente competitivo na concepção do planejamento energético. O empreendimento hidrelétrico de Belo Monte está contemplado no Programa de Governo “Avança Brasil”, não apenas para equacionar a questão da escassez de energia, mas também como um projeto estruturante do Eixo de Desenvolvimento - Madeira/ Amazonas. Nesta concepção, o empreendimento deve integrar o planejamento regional, proporcionando efeitos multiplicadores de emprego e renda. ~
Retirado: http://www.amazonia.org.br/guia/detalhes.cfm?id=26382&tipo=6&cat_id=38&subcat_id=158

BELO MONTE

A polêmica em torno da construção da usina de Belo Monte na Bacia do Rio Xingu, em sua parte paraense, já dura mais de 20 anos. Entre muitas idas e vindas, a hidrelétrica de Belo Monte, hoje considerada a maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, vem sendo alvo de intensos debates na região, desde 2009, quando foi apresentado o novo Estudo de Impacto Ambiental (EIA) intensificando-se a partir de fevereiro de 2010, quando o MMA concedeu a licença ambiental prévia para sua construção
O s movimentos sociais e as lideranças indígenas da região são contrários à obra porque consideram que os impactos socioambientais não estão suficientemente dimensionados. Em outubro de 2009, por exemplo, um painel de especialistas debruçou-se sobre o EIA e questionou os estudos e a viabilidade do empreendimento. Um mês antes, em setembro, diversas audiências públicas haviam sido realizadas sob uma saraivada de críticas, especialmente do Ministério Público Estadual, seguido pelos movimentos sociais, que apontava problemas em sua forma de realização.
A inda em outubro, a Funai liberou a obra sem saber exatamente que impactos causaria sobre os índios e lideranças indígenas kayapó enviaram carta ao Presidente Lula na qual diziam que caso a obra fosse iniciada haveria guerra. Para culminar, em fevereiro de 2010, o Ministério do Meio Ambiente concedeu a licença ambiental, também sem esclarecer questões centrais em relação aos impactos socioambientais.
Listada no governo FHC como uma das muitas obras estratégicas do programa Avança Brasil, a construção do complexo de hidrelétricas no Rio Xingu faz parte da herança legada ao governo Lula, eleito em novembro de 2002. Herança que era bem conhecida. Tanto assim, que o caderno temático O Lugar da Amazônia no Desenvolvimento do Brasil, parte do Programa do Governo do presidente eleito, alertava: “Dois projetos vêm sendo objeto de intensos debates: a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, e o de Gás de Urucu, no Amazonas. Além desses também preocupam as 18 barragens propostas na Bacia do Rio Araguaia e Tocantins. A matriz energética brasileira, que se apóia basicamente na hidroeletricidade, com megaobras de represamento de rios, tem afetado a Bacia Amazônica. Considerando as especificidades da Amazônia, o conhecimento fragmentado e insuficiente que se acumulou sobre as diversas formas de reação da natureza em relação ao represamento em suas bacias, não é recomendável a reprodução cega da receita de barragens que vem sendo colocada em prática pela Eletronorte”.
Decisão ficou para o governo Lula
Exemplos infelizes como a construção das usinas hidrelétricas de Tucuruí (PA) e Balbina (AM), as últimas construídas na Amazônia, nas décadas de 1970 e 1980, estão aí de prova. Desalojaram comunidades, inundaram enormes extensões de terra e destruíram a fauna e flora daquelas regiões. Balbina, a 146 quilômetros de Manaus, significou a inundação da reserva indígena Waimiri-Atroari, mortandade de peixes, escassez de alimentos e fome para as populações locais. A contrapartida, que era o abastecimento de energia elétrica da população local, não foi cumprida. O desastre foi tal que, em 1989, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), depois de analisar a situação do Rio Uatumã, onde a hidrelétrica fora construída, concluiu por sua morte biológica. Em Tucuruí não foi muito diferente. Quase dez mil famílias ficaram sem suas terras, entre indígenas e ribeirinhos. Diante desse quadro, em relação à Belo Monte, é preciso questionar a forma anti-democrática como o projeto vinha sendo conduzido, a relação custo-benefício da obra, o destino da energia a ser produzida e a inexistência de uma política energética para o país que privilegie energias alternativas.
Empossado na presidência da Eletrobrás, em janeiro de 2003, o físico Luiz Pinguelli Rosa, declarou à imprensa que o projeto de construção de Belo Monte seria discutido e opções de desenvolvimento econômico e social para o entorno da barragem estariam na pauta, assim como a possibilidade de reduzir a potência instalada, prevista em 11 mil megawatts (MW) no projeto original.
A persistência governamental em construir Belo Monte está baseada numa sólida estratégia de argumentos dentro da lógica e vantagens comparativas da matriz energética brasileira. Os rios da margem direita do Amazonas têm declividades propícias à geração de energia, e o Xingu se destaca, também pela sua posição em relação às frentes de expansão econômica (predatória) da região central do país. O desenho de Belo Monte foi revisto e os impactos reduzidos em relação à proposta da década de 80. O lago, por exemplo, inicialmente previsto para ter 1.200 km2, foi reduzido, depois do encontro, para 400 km2. Os socioambientalistas, entretanto, estão convencidos de que além dos impactos diretos e indiretos, Belo Monte é um cavalo de tróia, porque outras barragens virão depois, modificando totalmente e para pior a vida na região.
PESSOAL, A CONSTRUÇÃO DO BELO MONTE ESTÁ CAUSANDO MUITA DISCUSSÃO ENTRE OS AMBIOENTALISTAS E NÓS CIDADÃOS QUE FICAMOS SEM SABER QUAL ATUTUDE APOIAR. POR ISSO, ESTAREMOS POSTANDO REPORTAGENS E ARTIGOS, RETRATANDO OS BENEFICIOS E OS MALEFICIOS DA CONTRUÇÃO DESSA HIDRELÉTRICA. e FIQUEM A VONTADE EM POSTAR E OPINAREM!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Eficiência energética pelo mundo

por Fernanda Dalla Costa

México: cidade troca lâmpadas para ampliar projetos sociais | Espanha: tarifas elétricas não incluirão taxas de eficiência energética | Japão: governo irá estimular construtores a se tornarem mais eficientes energeticamente

México: cidade troca lâmpadas para ampliar projetos sociais

A cidade de Naucalpan, espera reduzir em até 60% seu consumo de energia com a troca de cerca de 40 mil lâmpadas de iluminação público. Isto é o equivalente a uma economia de 270 milhões de pesos (R$38,8 milhões) para os cofres da cidade, informou o diário La Crónica de Hoy.

"O governo de Naucalpan caminha com passos firmes em direção à redução da poluição de nosso meio ambiente e desenvolvimento sustentável, limpo e harmônico com o crescimento econômico de nossa cidade", disse Azucena Olivares Villagómez, prefeita da cidade.

O programa reduzirá a emissão de 23.106 toneladas de gases poluentes, irá gerar mais de 300 empregos temporários e os recursos financeiros economizados poderão ser investidos em projetos sociais na cidade.

Espanha: tarifas elétricas não incluirão taxas de eficiência energética

O Tribunal Supremo espanhol declarou que o custo dos planos de economia e eficiência energética não devem ser adicionados à tarifa regulada, atendendo a um recurso apresentado pela Unesa (Associação Espanhola da Indústria Elétrica, em português). A entidade questionou uma ordem ministerial que revisou as tarifas elétricas desde 1º de janeiro de 2009, informou a agência de notícias Efe.

O tribunal anulou o artigo 9 da Ordem ITC/3801/2008, que assegurava uma quantia ao financiamento do plano de estratégias de economia e eficiência energética. Assim, o tribunal concordou com o setor elétrico que argumentou que o aumento das tarifas o que infringe dois artigos da Lei do Setor Elétrico, que estabelece o o que pode ser financiado pela conta de luz.

Essa discussão, entre o Estado e o setor elétrico está em pauta no país desde 2006.

Japão: governo irá estimular construtores a se tornarem mais eficientes energeticamente

O governo japonês pretende implantar, até o final de 2010, um plano de economia de energia e de materiais para as empresas de construção, além disso será formado um grupo de especialistas para elaborar outras pautas de economia de energia, segundo o ministro dos Transportes, Seiji Maehara, informou a agência de notícias Prensa Latina.

A iniciativa pretende tornar obrigatório o uso de materiais que causam menos impactos ambientais e métodos de construção que contribuam para o isolamento térmico das residências. Segundo o ministro, o governo também está estudando a possibilidade de oferecer descontos aos construtores que cumprirem essas recomendações e usarem materiais verdes em suas obras.

Maehara disse ainda que pretende criar novos investimentos e revigorar o mercado de construções, a fim de aumentar a eficiência energética em casas e edifícios. Essas medidas fazem parte do plano para reduzir as emissões de CO2 do país em 25% até 2020, em relação aos níveis de 1990.


Retirado: http://www.revistasustentabilidade.com.br/eficiencia-energetica/copy18_of_eficiencia-energetica-pelo-mundo