domingo, 9 de maio de 2010

Empresas: conciliando sua imagem com os aspectos sociais e ambientais

Atualmente, não basta ter preço competitivo e qualidade, é necessário se diferenciar. E uma das formas encontradas pelas empresas, como um diferencial, é demonstrar publicamente, seus feitos em relação a responsabilidade social e ambiental, isso será de vital importância, já que as empresas estão enfrentando, crescentemente, novos desafios impostos pelas exigências dos consumidores, pela pressão de grupos da sociedade organizada e por legislações além das regras comerciais que demandam. Dessa forma, as empresas estão tentando demonstrar novas posturas diante de questões ligadas coma ética e à qualidade da relação empresas–sociedade.
Legislações ambientais, normas de qualidade, globalização, e a competitividade entre as empresas, essas são algumas das causas que estão motivando as empresas a conciliar a sua lucratividade com a responsabilidade social e ambiental.
Pois, uma das condições para a empresa obter lucro e ser competitiva é relacionar sua marca a conceitos e valores éticos. Afinal, para conquistar o consumidor, que exerce com mais consciência a sua cidadania, as companhias precisam comprovar que adotam uma postura correta, tanto na relação com os funcionários, consumidores e fornecedores e clientes em relação à leis, aos direitos humanos e ao meio ambiente. As perdas empresariais oriundas dos casos de desastre ambiental apresentados aqui mostram o quanto as empresas estão pressionadas pelos stakeholders a agir com responsabilidade social, (LORENÇO, 2003, p.117).
Dessa forma, percebemos a influência de marketing na formação de hábitos de consumo das pessoas e na criação da imagem que inspire credibilidade e confiança isso faz com que as empresas se direcionam à constante melhoria da gestão do marketing integrado, criando uma cultura de respeito e valorização perante os consumidores.
Além de que, com o aumento da necessidade de serem competitivas devido à abertura do mercado nacional e oportunidades de exportação, as organizações estão buscando alternativas de se diferenciar, abrir novos mercados e melhorar sua competitividade. Pois, a responsabilidade sócio-ambiental pode fazer essa diferenciação. Por outro lado, com a democratização, diminuição do papel do Estado, maior atuação da mídia e conscientização da sociedade civil, a pressão social e política para uma maior responsabilidade sócio-ambiental e transparência das empresas tende a aumentar., (OLIVEIRA, 2007).
Contudo, ainda não há muitas barreiras da venda de produtos ecologicamente corretos, já que é importante para muitos consumidores a preocupação em relação ao meio ambiente, (PALHARES, 2003, p. 4 2):
Restrições financeiras: Apesar do hábitos de consumo das pessoas terem aumentado – de forma acentuadas, as vendas de produtos verdes não cresceu no mesmo em função de restrições financeiras, já que, em geral os produtos “verdes” chegam ao mercado com um preço-prêmio;
A complexidade da questão: Isso significa que o consumidor pode não considerar que alguns de seus hábitos de consumo têm vinculo estreito com a degradação ambiental, ou que pode haver fatores – além das restrições financeiras – inibam a propensão produtos mais “verde”;
A definição do que seja “verde”: Ocorre que a expressão “verde” nem sempre é compreendida como sinônimo de “sustentável”, sendo na maioria das vezes vista apenas como “ecologicamente melhor” (ou “ambientalmente mais amigável”) do que as demais opções disponíveis no mercado. Até o momento, porém, isso não parece ter sido suficiente para convencer os consumidores a mudar seus hábitos.
Em um processo lento, as empresas estão percebendo a necessidade de conciliar a marca com a responsabilidade social e ambiental, Já que, através da tecnologia de informação, há maior transparência de informação, dessa forma, os consumidores conseguem ter maior participação na vida corporativa, havendo maior impacto nas atitudes das empresas.
Mas, fica uma grande dúvida, como saber se realmente o que divulgam é realmente verdade ou apenas propaganda enganosa?

BIBLIOGRÁFIA


LORENÇO, Alex G.; SHRÖDER. Vale investir em responsabilidade social empresarial? Stakeholders, ganhos e perdas. . Responsabilidade social: evolução e tendência. Responsabilidade Social das Empresas – A Contribuição das Universidades, V.II, p.77 a 120. São Paulo: Petrópolis: Instituto Ethos, 2003.

OLÍVEIRA. José A. P. de. Uma avaliação dos balanços sociais das 500 maiores. RAE-eletrônica, São Paulo, v.4, n.1, Art. 2, jan/jun. 2005. Disponível em:
Autor: Elisabeth Rayle Bortucan Lenza