terça-feira, 26 de julho de 2011

Morte trágica de menina gera campanha

Rachel Beckwith havia pedido no mês passado, para seu nono aniversário, que familiares e amigos fizessem doações para uma ONG
A morte trágica de uma menina de 9 anos em Seattle, nos Estados Unidos, gerou uma campanha por doações que já arrecadou mais de US$ 165 mil para levar água a comunidades carentes na África.
Na semana passada, porém, Rachel ficou gravemente ferida em um engavetamento envolvendo 13 carros numa estrada próxima à sua casa. No último fim de semana, sua família decidiu permitir o desligamento dos aparelhos que a mantinham viva artificialmente e doaram seus órgãos.
A notícia da tragédia chamou a atenção para a página que a menina havia criado no site da ONG charity:water para arrecadar doações. Em poucos dias, as contribuições superaram mais de 500 vezes sua meta inicial.

Celebração diferente
Em sua mensagem colocada no site no início de sua campanha, Rachel pedia doações em lugar de presentes em seu aniversário.
"No dia 12 de junho de 2011, vou fazer 9 anos. Descobri que milhões de pessoas não vivem até seu quinto aniversário. E por que? Porque elas não têm acesso à água limpa e segura", diz a mensagem.
"Por isso estou celebrando meu aniversário de maneira diferente. Estou pedindo para todo mundo que eu conheço que doem à minha campanha em vez de me dar presentes no meu aniversário", afirma.
Na segunda-feira, dois dias após a morte da menina, sua mãe, Samantha, postou uma mensagem para agradecer pelas doações à campanha da filha."Estou impressionada com o imenso amor para transformar o sonho de minha filha em realidade. Diante da dor inexplicável, vocês forneceram uma esperança inegável", disse ela.
Segundo a ONG charity:water, as doações recebidas por meio da página de Rachel Beckwith já haviam ajudado até a manhã desta terça-feira a fornecer fontes de água potável para 8.290 pessoas.
Retirado:
http://noticias.uol.com.br/bbc/2011/07/26/morte-tragica-de-menina-gera-campanha.jhtm

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Curitiba projeta parque linear às margens do Rio Barigui

A cidade de Curitiba se prepara para ter um dos maiores parques lineares do mundo. Segundo a prefeitura, serão 45 quilômetros de área preservada e diversas atrações às margens do rio Barigui. Para tornar o projeto realidade a capital paranaense já conta com o investimento da Agência Francesa de Desenvolvimento, que anunciou R$ 72 milhões. Além disso, estão em andamento outras três licitações que somam R$ 28,2 milhões.
O parque linear irá manter sob preservação áreas que foram invadidas. O projeto prevê ainda a despoluição do rio Barigui e de seus afluentes. Para isso, a empresa que coordena o saneamento na cidade, a Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná) irá ampliar a rede de coleta e tratamento já existentes.
Outras estruturas devem ser renovadas com a construção do parque linear, como o sistema viário nos arredores e nos acessos aos outros parques que passarão a ser interligados. As autoridades preveem aumento na estrutura direcionada aos ciclistas, com novas ciclovias, sinalizações e iluminação exclusivas; arborização e delimitação das áreas preservadas, para evitar ocupações irregulares.
Além da fiscalização nas áreas por onde o rio passa, a prefeitura realizará um trabalho de educação ambiental para conscientizar as comunidades sobre os cuidados ambientais com as bacias hídricas. O trecho por onde o parque irá passar abrange 25 bairros de Curitiba, que devem passar por transformações nos próximos anos.
O prefeito Luciano Ducci acredita que o projeto coloca a cidade em destaque para receber investimentos mundiais. “O Banco Mundial adiantou que vai ampliar para U$ 50 bilhões os investimentos em projetos sustentáveis, de meio ambiente, e Curitiba, mais uma vez, está na frente com a criação deste parque linear”.
Retirado: http://exame.abril.com.br/economia/meio-ambiente-e-energia/noticias/curitiba-projeta-parque-linear-as-margens-do-rio-barigui - 22/06/2011

Aquecimento global ameaça o ornitorrinco na Austrália

Sydney, Austrália - O aquecimento climático poderá diminuir em um terço as zonas habitadas pelo ornitorrinco na Austrália, que poderá desaparecer, alertaram nesta sexta-feira os investigadores.

Graças a sua espessa pele, consegue viver nas frias profundezas dos rios, mas atualmente sua pelagem pode ser fatal para ele devido ao aquecimento global, adverte um estudo da Universidade de Monash.

Os pesquisadores utilizaram dados sobre o clima e o habitat do ornitorrinco durante cem anos para estabelecer a diminuição do número desses animais, relacionada com as secas ou as ondas de calor.

A equipe de pesquisadores extrapolou estes resultados segundo várias alternativas climáticas, estabelecidas pela agência científica governamental (CSIRO), para determinar o impacto das mudanças climáticas sobre a população de ornitorrincos.

"Nosso resultado mais pessimista assinala a redução de um terço dos habitats deste animal", declarou à AFP a pesquisadora Jenny Davis, cujos trabalhos foram publicados na revista Global Change Biology.

A pior hipótese dos cientistas assinala um desaparecimento do ornitorrinco na grande ilha da Austrália. Neste caso, esta espécie só continuará vivendo nas ilhas da Tasmânia, Kangaroo e King.

Retirado em: http://exame.abril.com.br/economia/meio-ambiente-e-energia/noticias/aquecimento-global-ameaca-o-ornitorrinco-na-australia--2 - 24/06/2011

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Pensamos demasiadamente
Sentimos muito pouco
Necessitamos mais de humildade
Que de máquinas.
Mais de bondade e ternura
Que de inteligência.
Sem isso,
A vida se tornará violenta e
Tudo se perderá.

Charles Chaplin

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Você gosta de Rodeio????

O rodeio à atividade de montaria em dorso de animal, em que o "peão" (pessoa participante da prova) se propõe ao desafio de permanecer o maior tempo possível montado, enquanto o animal pula e se contorce na arena. Aparentemente, isso para ser inofensivo, já que é um entretenimento que atrai milhões de pessoas, além de ser a profissão de muitos. Mas, você já pensou o que realmente acontece com o animal dentro e fora da arena?
Durante a prova de rodeio, o animal é amarrado por um instrumento chamado sedém (espécie de amarra, que aperta o dorso do animal, que em alguns casos tem seus órgãos reprodutivos esmagados para que pule com mais força). Enquanto isso, o peão permanece em cima do animal, sendo conferido o prêmio àquele que por mais tempo prolongar nesta situação.
O rodeio é um bem cultural, sua prática foi trazida à sociedade brasileira por influência americana, e não se constitui em prova que faz parte da identidade nacional. Contudo, deve-se presumir que a civilização evoluiu, e que o homem não precisa de defesa contra a superioridade física do animal, mas, apesar dessa atividade ser aceita, esta é cruel com os animais.
Percebe-se que o ser humano tem profunda dificuldade de enxergar o sofrimento de um ser que não consegue pedir ajuda. Matam as vitimas das conseqüências do seu próprio egoísmo. Diante disso, há duas posições: continuar a chacina, já que isso rende milhões, ou ser racional e começar a reverter este quadro lastimável. Para que a segunda opção aconteça, é essencial a conscientização sobre os direitos à vida e integridade física dos animais e a adoção de leis que tragam garantias efetivas para a proteção destes direitos.


http://www.lfg.com.br/public_html/article.php?story=20080310102908752&mode=print

Rodeio e crueldade com os animais



Pessoal,


Recebi esse video referente a festa de Barretos, mas acredito que isso demonstre como é um rodeio.


quarta-feira, 13 de abril de 2011

Chaveiros com animais vivos são a nova mania na China Leia mais em: Chaveiros com animais vivos são a nova mania na China

02-04-2011
Peixes e pequenas tartarugas seladas em chaveiros de plástico tornaram-se os itens populares mais vendidos nas entradas do metrô e estações de trem em toda a China. Os chaveiros com tartaruguinhas e peixes decorativos são considerados amuletos de boa sorte por muitos chineses, mas grupos de defesa dos animais estão indignados e dizem que isto é um exemplo perfeito do "abuso de animais.
Segundo os vendedores, a água colorida dos chaveiros de sete centímetros de comprimento contém nutrientes que permitem que os peixes e tartarugas vivam ali dentro por meses. Ainda que isso seja verdade, eles não poderiam sobreviver no saco selado por muito tempo, devido à falta de oxigênio.
Enquanto os ativistas dos direitos dos animais estão protestando ruidosamente contra a venda de chaveiros, não há muito que possam fazer, porque a China tem apenas um animal selvagem protegido por lei. Até a mudanças na lei para proteger todos os tipos de animais, ativistas só podem apelar às pessoas para não comprá-los e esperar que o mercado morra devido à falta de clientes.
Embora algumas pessoas comprem esses chaveiros bizarros como símbolo de boa-sorte, há quem os compres apenas para liberar as criaturinhas de sua gaiola de plástico.

RETIRADO: http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=18325

domingo, 27 de março de 2011

Municípios vão pra sala de aula aprender a preservar a floresta

Os 43 municípios da Amazônia que ganharam o título de maiores desmatadores do bioma, na região denominada Arco Verde, estão integrados em sala de aula, para contribuírem com a mudança dessa realidade. As prefeituras encaminharam funcionários para estudar instrumentos da legislação que ajudam na preservação e recuperação das florestas.
Os participantes – RO, RR, AM, PA, MT e MA – são instruídos a trabalhar com instrumentos como conselhos, fundos e planos municipais, que apresentam soluções para a conservação ambiental. Também aprendem a formular projetos a serem financiados pelo Fundo Nacional de Meio Ambiente (órgão do MMA) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O FNMA foi criado pela Lei 7.797, em julho de 1989, como agente financiador para implementar a Política Nacional de Meio Ambiente, por meio de participação social. Tem cerca de 1.400 projetos socioambientais apoiados com R$ 230 milhões, em todas as regiões do País. (Fonte: Cristina Ávila/ MMA).


http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2011/03/21/67760-municipios-vao-pra-sala-de-aula-aprender-a-preservar-a-floresta.html

Desastres naturais mudam percepção sobre ambiente, diz estudo

http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2011/03/22/67793-desastres-naturais-mudam-percepcao-sobre-ambiente-diz-estudo.html
O resultado já era esperado, mas até agora os cientistas não tinham pesquisas suficientes para provar isso.
Quem já sofreu com eventos climáticos extremos tem maior tendência a se preocupar com o aquecimento global e a poupar energia.
Foi o que concluiu uma pesquisa feita com 1.822 pessoas em várias partes do Reino Unido, publicada esta semana na revista “Nature Climate Change”.
Segundo ela, as pessoas que enfrentaram enchentes e outros desastres naturais comumente associados ao aquecimento global ficam mais inclinadas a tentar evitá-lo, tomando medidas ativas, como a redução do uso de energia.
Inimigo íntimo – De acordo com vários cientistas sociais, a visão das consequências do aquecimento global como algo que acontece em locais muito distantes, ou mesmo daqui a muitos anos, acaba não motivando as pessoas a agir.
“Viver eventos climáticos extremos tem o potencial de mudar a maneira como as pessoas veem as mudanças climáticas, tornando-as mais reais e tangíveis e, finalmente, motivando-as a agir de forma mais sustentável”, diz Alexa Spence, da Universidade de Nottingham, chefe do trabalho.
O estudo revela que quem teve contato direto com as enchentes percebe o aquecimento global de forma significativamente diferente daqueles que nunca viveram essa realidade.
De acordo com um artigo crítico na mesma revista, isso aconteceu devido ao universo de pessoas avaliadas, que não teria sido amplo e representativo o suficiente. No caso da atual pesquisa, isso não aconteceria, o que tornaria o atual resultado bastante confiável.
Cientistas das universidades de Nottingham e de Cardiff, que conduziram o trabalho, dizem esperar que as novas informações descobertas no trabalho possam ser usadas para criar campanhas e estratégias de engajamento mais eficazes contra o aquecimento global. (Fonte: Folha.com)

quinta-feira, 24 de março de 2011

Por que utilizar Prefira sabão em pedra em vez de detergente ?

Prefira sabão em pedra em vez de detergente

Procure usar sabão em pedra em vez de detergente. Apesar de “biodegradáveis”, os detergentes são grandes poluidores da água. O fosfato presente no produto é o elemento básico para a reprodução das algas, o que eleva o consumo de oxigênio da água e provoca o aumento da mortandade de peixes.

O detergente diluído na água permanece ativo durante vários dias, antes de ser degradado. Além disso, procure usar quantidades menores de produtos de higiene e limpeza para reduzir o nível de poluente presentes na água. Utilize somente o necessário.

Fonte: De olho nos mananciais

http://www.ecodesenvolvimento.org.br/voceecod/evite-usar-detergentes-diluidos-na-agua

Banco irá transformar economia de água em descontos em grandes lojas

As coisas mais valiosas que nós temos são guardadas em bancos, correto? Foi pensando assim que a Ambev, em parceria com a Sabesp, criou o Banco CYAN. Ele irá estimular que os consumidores economizem água em casa e convertam esse valor em descontos em lojas cadastradas.
A iniciativa faz parte das ações do Movimento CYAN, que busca promover e incentivar o consumo consciente de água. Para participar, basta abrir um conta no site do Banco e a Ambev fará uma consulta do histórico daquela casa junto à concessionária de água.
A média de consumo será transformada em uma meta, e à medida que ela for sendo cumprida, o participante começa a ganhar pontos. Caso haja uma redução no consumo de água, os pontos aumentam proporcionalmente.
As pontuações também variam de acordo com a categoria. Chegando a 2 mil pontos, por exemplo, o participante sai da categoria "uma" estrela e vai para a categoria "duas" estrelas, aumentando suas vantagens.
Os pontos acumulados poderão ser trocados por descontos em lojas cadastradas, como Submarino, Americanas.com e Blockbuster. A princípio, apenas os imóveis registrados pela Sabesp poderão participar das ações do Banco. Mas, de acordo com o diretor de relações socioambientais da Ambev, Ricardo Rolim, a extensão dessas parcerias é questão de tempo. "A Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais), por exemplo, já demonstrou interesse de ter a ação para os consumidores de Minas Gerais. Já entre os parceiros comerciais, já estamos fechando contratos com escolas de inglês, restaurantes, entre outros", informou Rolim à Agência Estado durante o lançamento do projeto, que aconteceu na terça-feira, 22 de março, Dia Mundial da Água.

http://www.ecodesenvolvimento.org.br/posts/2011/marco/banco-ira-transformar-economia-de-agua-em

terça-feira, 22 de março de 2011

DIA MUNDIAL DA ÁGUA - 22 DE MARÇO

A Assembléia Geral das Nações Unidas adotou a resolução A/RES/47/193 de 22 de fevereiro de 1993, através da qual 22 de março de cada ano seria declarado Dia Mundial das Águas (DMA), para ser observado a partir de 93, de acordo com as recomendações da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento contidas no capítulo 18 (sobre recursos hídricos) da Agenda 21. E através da Lei n.º 10.670, de 14 de maio de 2003, o Congresso Nacional Brasileiro instituiu o Dia Nacional da Água na mesma data.
Os Estados foram convidados, como fosse mais apropriado no contexto nacional, a dedicar o Dia a atividades concretas que promovessem a conscientização pública através de publicações e difusão de documentários e a organização de conferências, mesas redondas, seminários e exposições relacionadas à conservação e desenvolvimento dos recursos hídricos e/ou a implementação das recomendações da Agenda 21.
No mês em que se comemora o Dia Mundial da Água, é preciso lembrar que, em diversos lugares do planeta, milhares de pessoas já sofrem com a falta desse bem essencial à vida.
pOIS, A água está mal distribuída: 70% das águas doces do Brasil estão na Amazônia, onde vivem apenas 7% da população. Essa distribuição irregular deixa apenas 3% de água para o Nordeste. Essa é a causa do problema de escassez de água verificado em alguns pontos do país. Em Pernambuco existem apenas 1.320 litros de água por ano por habitante e no Distrito Federal essa média é de 1.700 litros, quando o recomendado são 2.000 litros.
Mas, ainda assim, não se chega nem próximo à situação de países como Egito, África do Sul, Síria, Jordânia, Israel, Líbano, Haiti, Turquia, Paquistão, Iraque e Índia, onde os problemas com recursos hídricos já chegam a níveis críticos. Em todo o mundo, domina uma cultura de desperdício de água, pois ainda se acredita que ela é um recurso natural ilimitado. O que se deve saber é que apesar de haver 1,3 milhão de km\3 livre na Terra, segundo dados do Ministério Público Federal, nem sequer 1% desse total pode ser economicamente utilizado, sendo que 97% dessa água se encontra em áreas subterrâneas, formando os aqüíferos, ainda inacessíveis pelas tecnologias existentes.
O país está tomando medidas concretas para impedir esse futuro, entre elas a criação da Agência Nacional de Águas, a sobreposição do rio São Francisco, adoção de técnicas de reuso de água e construção de infra-estrutura de saneamento, já que hoje 90% do esgoto produzido no país é despejado em rios, lagos e mares sem nenhum tratamento.
Segundo a Organização das Nações Unidas - ONU, 50% da taxa de doenças e morte nos países em desenvolvimento ocorrem por falta de água ou pela sua contaminação. Assim sendo, o rápido crescimento da população mundial e a crescente poluição, causado também pela industrialização, torna a água o recurso natural mais estratégico de qualquer país do mundo.
Para cada 1.000 litros de água utilizados, outros 10 mil são poluídos. Segundo a ONU, parece estar cada vez mais difícil se conseguir água para todos, principalmente nos países em desenvolvimento. Dados do International Water Management Institute - IWMI mostram que, no ano de 2025, 1.8 bilhão de pessoas de diversos países deverão viver em absoluta falta de água, o que equivale a mais de 30% da população mundial. Diante dessa constatação, cabe lembrar que a água limpa e acessível se constitui em um elemento indispensável para a vida humana e que, para se tê-la no futuro, é preciso protegê-la para evitar o futuro caótico previsto para a humanidade, quando homens de todos os continentes travarão guerras em busca de um elemento antes tão abundante: a água.
As crescentes necessidades de água, a limitação dos recursos hídricos, os conflitos entre alguns usos e os prejuízos causados pelo excesso de água exigem um planejamento bem elaborado pelos órgãos governamentais, estaduais e municipais, visando técnicas de melhor aproveitamento dos recursos hídricos. Além das responsabilidades públicas, cada cidadão tem o direito de usufruir da água mas o dever de preservá-la, utilizando-a de maneira consciente, sem desperdícios, assim dando o valor devido à água.

Mais da metade dos municípios podem ficar sem água em 2015

22/03/2011 07:29 Meio AmbienteLuana Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Dono do maior potencial hídrico do planeta, o Brasil corre o risco de chegar a 2015 com problemas de abastecimento de água em mais da metade dos municípios. O diagnóstico está no Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água, lançado hoje (22) pela Agência Nacional de Águas (ANA). O levantamento mapeou as tendências de demanda e oferta de água nos 5.565 municípios brasileiros e estimou em R$ 22 bilhões o total de investimentos necessários para evitar a escassez.

Considerando a disponibilidade hídrica e as condições de infraestrutura dos sistemas de produção e distribuição, os dados revelam que em 2015, 55% dos municípios brasileiros poderão ter déficit no abastecimento de água, entre eles grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre e o Distrito Federal. O percentual representa 71% da população urbana do país, 125 milhões de pessoas, já considerado o aumento demográfico.

“A maior parte dos problemas de abastecimento urbano do país está relacionada com a capacidade dos sistemas de produção, impondo alternativas técnicas para a ampliação das unidades de captação, adução e tratamento”, aponta o relatório.

O diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu, disse que o atlas foi elaborado para orientar o planejamento da gestão de águas no país. Segundo ele, como atualmente mais de 90% dos domicílios brasileiros têm acesso à rede de abastecimento de água, a escassez parece uma ameaça distante, como se não fosse possível haver problemas no futuro. “Existe uma cultura da abundância de água que não é verdadeira, porque a distribuição é absolutamente desigual. O atlas mostra que é preciso se antecipar a uma situação para evitar que o quadro apresentado [de déficit] venha a ser consolidado”, avalia.

De acordo com o levantamento, as regiões Norte e Nordeste são as que têm, relativamente, os maiores problemas nos sistemas produtores de água. Apesar de a Amazônia concentrar 81% do potencial hídrico do país, na Região Norte menos de 14% da população urbana é atendida por sistemas de abastecimento satisfatórios. No Nordeste, esse percentual é de 18% e a região também concentra os maiores problemas com disponibilidade de mananciais, por conta da escassez de chuvas.

O documento da ANA calcula em R$ 22,2 bilhões o investimento necessário para evitar que o desabastecimento atinja mais da metade das cidades brasileiras. O dinheiro deverá financiar um conjunto de obras para o aproveitamento de novos mananciais e para adequações no sistema de produção de água.

A maior parcelas dos investimentos deverá ser direcionada para capitais, grandes regiões metropolitanas e para o semi-árido nordestino. “Em função do maior número de aglomerados urbanos e da existência da região do semi-árido, que demandam grandes esforços para a garantia hídrica do abastecimento de água, o Rio de Janeiro, São Paulo, a Bahia e Pernambuco reúnem 51% dos investimentos, concentrados em 730 cidades”, detalha o atlas.

“Esperamos que os órgãos executores assumam o atlas como referência para os projetos. Ele é um instrumento de planejamento qualificado, dá a dimensão de onde o problema é grande e precisa de grandes investimentos e onde é pequeno, mas igualmente relevante”, pondera Andreu.

Além do dinheiro para produção de água, o levantamento também aponta necessidade de investimentos significativos em coleta e tratamento de esgotos. O volume de recursos não seria suficiente para universalizar os serviços de saneamento no país, mas poderia reduzir a poluição de águas que são utilizadas como fonte de captação para abastecimento urbano.

Andreu espera que o diagnóstico subsidie a elaboração de projetos integrados, compartilhados entre os órgão executores. “Ao longo do tempo, o planejamento acabou se dando apenas no âmbito do município, que busca uma solução isolada, como se as cidades fossem ilhas. É preciso buscar uma forma de integração, de planejamento mais amplo, preferencialmente por bacia hidrográfica”, sugere o diretor-presidente da agência reguladora. “Ainda não estamos no padrão de culturas que já assumiram mais cuidado com a água. Mas estamos no caminho, e o atlas pode ser um instrumento dessa mudança”.

Edição: Graça Adjuto
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-03-22/mais-da-metade-dos-municipios-podem-ficar-sem-agua-em-2015

Belo Monte será construída,

16/03/2011 18:20 Meio AmbienteLuana Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), será levada adiante, apesar das manifestações contrárias, disse hoje (16) o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, principal interlocutor do governo com movimentos sociais.

A usina é alvo de protestos de organizações ambientalistas, indígenas e ribeirnhas da região do Xingu. A polêmica já chegou à Organização dos Estados Americanos (OEA), que na última semana exigiu do governo brasileiro esclarecimentos sobre o processo de licenciamento de Belo Monte. Segundo os movimentos sociais, a obra está desrespeitando direitos de comunidades tradicionais que serão atingidas.

“Belo Monte vai ser construída. Não posso dizer a vocês que não será. A questão é que pode ser construída gerando um trabalho de saneamento ambiental para a região e com realocação adequada da população de ribeirinhos”, disse o ministro para uma plateia de ativistas, durante reunião do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social, ligado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília.

De acordo com Carvalho, a “briga” em torno de Belo Monte fez com que o projeto fosse melhorado e reduzidos os possíveis impactos para a região. “O presidente Lula recebeu duas vezes o dom Erwin, [dom Erwin Kräutler, bispo da Prelazia do Xingu] e não houve acordo. Mas a briga fez o governo mudar o projeto umas cinco ou seis vezes e hoje ele é muito melhor do que era.”

O ministro disse que a presidenta Dilma Rousseff convocou uma reunião sobre Belo Monte para os próximos dias, depois de receber denúncias de que as condicionantes previstas no licenciamento ambiental não estão sendo cumpridas pelo consórcio responsável pela da usina.

Até agora, estão liberadas a construção do canteiro de obras e outras ações preparatórias, como abertura de estradas de acesso ao local da hidrelétrica. As obras iniciais foram autorizadas por uma licença parcial do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que chegou a ser derrubada pela Justiça e, em seguida, revalidada por decisão do Tribunal Regional Federal (TRF).

Carvalho também falou sobre outro ponto polêmico para a área ambiental do governo Dilma, as mudanças no Código Florestal. Segundo o ministro, o governo “é frontalmente contrário” ao relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que prevê flexibilização nas atuais regras de preservação. “O Aldo fez concessões no relatório com as quais é impossível concordar. Não vamos permitir que o código passe daquele jeito. É um assunto que está no Legislativo, mas estamos trabalhando para construir outra proposta.”

Edição: João Carlos Rodrigues
http://www.revistameioambiente.com.br/